sexta-feira, março 31, 2006

Expectativas

Algumas vezes já tenho vindo para aqui falar das minhas aspirações a mudar de emprego. Não sou criatura para andar a lamentar-me sobre alguma coisa que esteja mal na minha vida e não fazer nada para a modificar. Vai daí, desde há coisa de um ano, passei a estar muito atenta às ofertas que me pudessem convir, e tenho vindo a candidatar-me a alguns concursos públicos, ou simplesmente enviando cartas de apresentação.

Já sei à partida que isto é um bocado dar murros em pontas de faca. Em 99,99% dos casos em que aparece um concurso público, sobretudo se for interno, está "reservado" o cargo para a pessoa que já o ocupa, sendo aquilo mais uma formalidade para resolver a situação à pessoa do que propriamente para seleccionar seja quem for. Mesmo assim, tem valido a pena concorrer, porque sempre vou distribuíndo o meu currículo e passando informação a meu respeito, se não for para aquele concurso pode sempre surgir outra coisa qualquer.

Nas últimas semanas surgiram várias coisas interessantes, daquelas que eu se pudesse até pagava para ir fazer. Ontem mandei uma candidatura para um lugar que é tão completamente a minha cara, que até me enervei a ler o anúncio.

E mais uma vez lá me meti eu toda no correio, o meu curso do Secundário, a minha Licenciatura, a minha Pós-Graduação, as acções de formação - as boas e as da treta, só para encher -, a minha passagem pelo Teatro de amadores, as minhas pretensas vocações literárias, o meu Inglês falado e escrito, o meu domínio de informática na óptica do utilizador.

Lá seguiram via postal, as minhas expectativas. Com uma linda carta muito profissional, onde é possível ler-se, nas entrelinhas, levem-me daqui, que eu prometo que não se arrependem...

terça-feira, março 28, 2006

Ufa!!...

Andei meses a ler "O Livro Secreto de João". O entusiamo inicial da compra, descrito aqui, não se desvaneceu, mas empacou numa leitura muito mais difícil do que eu imaginava.

São textos muito, muito antigos, alguns deles escritos nos primeiros cem anos após o nascimento de Jesus Cristo, e dão conta de uma versão da origem do universo tão alternativa à que é narrada no próprio Velho Testamento, que consegue fazer do Deus "Javé", originário do Deus da Igreja Católica, uma mera criatura emanada de uma potência muito maior. Portanto, quando esse "Javé" se auto-proclama como o único Deus, não havendo outro para além dele (primeiro mandamento do Velho Testamento, certo?), está apenas a ser arrogante e a ofender, tanto a nossa verdadeira origem, quanto a dele próprio.

Basicamente, e de acordo com os gnósticos, toda a matéria, ou seja, todo o universo tal como o conhecemos, resulta de uma situação anómala, que não era suposto ter acontecido. Uma granda bronca, portantos. E depois deu nisto, que é aquilo que nós somos. Mas há salvação, porque mesmo sendo nós todos um aborto de proporções galácticas, temos em nós a essencia do inominável, auto-gerado, origem e potência de tudo o que é. Há divindade em nós. Poucochinha, mas há.

Adiante. Nos próximos tempos vou dedicar-me a umas leituras mais "leves". Tal como a que já aparece ali ao lado. Fui ver o filme aqui há uns tempos e constatei que as histórias de amor, quando são bem contadas, são sempre muito bonitas e comoventes...

segunda-feira, março 27, 2006

Sapatos, esse pesadelo

Embora me identifique, em muitos aspectos, com as musas inspiradoras aqui do lado, duas delas padecem de grande fixação com sapatos da qual eu não partilho.

Carrie Bradshaw e Cathy derretem rios de dinheiro em sapatos, eu não. Mas não é que eu não quisesse, já que derreto rios de dinheiro em roupa, porque não gastar também em sapatos. O problema é que os criadores de calçado, nos últimos anos, pura e simplesmente enlouqueceram.

Durante estações e estações a fio, foi a moda do sapato em bico:

horrível Tipo, acaba o pé e o bico do sapato continua mais cinco centímetros. Mais dez. Houve alturas em que eu julgava que só iam parar quando começasse o sapato, e meio metro depois chegasse o pé. A sério. Que moda tão parva. Eu quando compro um sapato ou uma bota quero que o meu pé fique pequenino, não quero olhar para baixo e ficar com a sensação de que passei a calçar o 43!

Mas não, essa moda entrou em declínio. E eu pensei, finalmente, agora vou encontrar calçado giro e que me fique bem. Mas a moda mudou de sapato bicudo para...

medonhasSabrinas. Tudo redondinho à frente, como se agora todas nós tivéssemos nascido para bailarinas. E sem salto absolutamente nenhum. Tudo muito enfeitadinho com florinhas e outras mariquices. Só falta oferecerem logo o par de suquetes brancos para a gente a seguir usar com a saia de folhos, que por sinal voltou a usar-se. Eu por mim só aceito vestir esse figurino se for sem meias, e com as minhas pernas à espera de verem cera depilatória há pelo menos cinco semanas. Se é para andar a fazer figuras ridículas, ao menos faço a coisa cumadeveser.

Por conta disto, ando com uns sapatos a caírem de velhos há meses, tenho as minhas sandálias de Verão (as poucas decentes que encontrei no ano passado) todas capazes de irem para o lixo, e as botas vão-se tornar impossíveis de calçar dentro de muito pouco tempo.

Acresce a tudo isto que todo e qualquer calçado que eu compre vai sempre dar-me cabo dos pés nos primeiros dias, e não é seguro que, depois das feridas sararem, eu consiga voltar a calçar aquelas coisas sem que elas me magoem. Muito sapato, muita sandália, deitados fora ou oferecidos novos porque não os consigo aguentar nos pés.

Por isso é que eu, quando vejo malta a comprar sapatos como quem compra camisas, tenho a mesma sensação que costumo ter quando vejo o George Clooney no écran. A visão dá-me prazer, mas sei que há coisas neste mundo que simplesmente não são para mim, e eu tenho que aprender a viver com isso...

domingo, março 26, 2006

Perdidos

Sou grande admiradora da série, desde o princípio.

E escusam de ficar a pensar que é só por causa disto:

Sawyer










Ou disto:

Jack

E muito menos por causa disto:
(embora neste caso específico consiga facilmente imaginar filmes muito interessantes envolvendo este actor, a minha própria pessoa e uma ilha paradisíaca)

Sayid

Não senhor. É porque aquilo é mesmo bom, e bem feito, e estimulante e inquietante e viciante.
É sem dúvida das coisas melhorzinhas que andam a passar na televisão.

Ah! E também têm lá mulheres!

sexta-feira, março 24, 2006

Bons prenúncios?

O dia ainda vai só a meio, mas se vesti as cuecas do avesso e a única coisa que acontece é ter que aturar os chefes todos a darem uma "ripada" ao pessoal, então nesse caso, ora bolas para os sinais de boa sorte.

xiça!...

Bons prenúncios

Gosto à brava do número 17. Não sei porquê, mas o certo é que ao dia 17 de cada mês, acontece-me sempre alguma coisa especial. Nem quer dizer que seja boa, pode não ser, mas será sempre determinante.

O dia de hoje é 24.03.2006. Se somarmos 2 + 4 + 3 + 2 + 6, dá o quê? 17. Lá está. Um bom prenúncio.

E outra coisa boa de acontecer é quando calha vestir roupa do avesso, sobretudo roupa interior, é sempre sinal de boa sorte.

Hoje vesti a cueca do avesso. Dois bons prenúncios num dia só, muito bom.

E isto é científico. Tenham a certeza disso.

quarta-feira, março 22, 2006

Sem surpresas

"Você tem um espírito independente e proclama alto e bom som que o amor não é prioridade – o que não deixa de ser verdade, mas esconde também algum medo de ficar só. É muito opinativa e mesmo sarcástica."

terça-feira, março 21, 2006

Não tem nada a ver

Uma coisa é dizer que certa iniciativa irá inaugurar no dia tal.

Completamente diferente é dizer que a inauguração da iniciativa será efectuada no dia tal.

Qualquer pessoa percebe as diferenças. Eu é que sou estúpida. Por isso é que me calhou a mim emendar as 31 cartas...

domingo, março 19, 2006

Limpezas


Uma das maravilhas (ou não) dos fins-de-semana, é o tempo que se dedica à limpeza da casa. Para quem, como eu, não tem dinheiro para ter assalariados a fazer esse serviço, nada mais resta do que ser eu própria a fazê-lo, ocupando sempre um tempito do Sábado ou Domingo para o fazer.

Mas há limpezas e limpezas. Há a limpeza de começar logo de manhã e passar dias inteiros naquilo, ele é limpar frigorífico por dentro e por fora, ele é tirar os livros todos das estantes para limpar o pó como deve ser, ele é aplicar desengordurante no fogão e tudo à volta para deixar tudo a brilhar...

E depois, há a limpeza da toalhita. Toalhita desengordurante para todo o tipo de superfícies, com agradável aroma a limão. Toalhitas limpa-vidros. Toalhitas limpa-frigoríficos e micro-ondas. Toalhitas limpa-móveis, com cera de abelhas.

Este fim-de-semana foi de limpeza de toalhita. Daqui a dois dias está tudo na mesma. Mas quero que se lixe, em contrapartida estou farta de passear!...

quarta-feira, março 15, 2006

Os meus escritos

São outros, que não aqueles que aqui costumo colocar. Terminei ontem mais um conto, de uma série que venho escrevendo, sempre muito devagarinho que estas coisas saem-me da alma e a inspiração nem sempre ajuda.

Fico sempre a perguntar-me se estas coisas que eu escrevo terão algum valor para além daquele que eu própria lhes dou. Nos dias bons acho que sim. Noutros, dá-me uma crise de rejeição e acho que é tudo uma porcaria.

Por exemplo, este extracto que aqui vos deixo, não é mais um conjunto de banalidades e lugares-comuns, repleto de lamechices e sem qualquer importância?

"A propósito de flores e sentimentos, a verdade é que, se por um lado, os amores são todos imperfeitos e por isso não são flores, têm no entanto inúmeros aspectos em comum com elas. São frágeis, os sentimentos, qualquer sol demasiado intenso ou chuva arrebatada os podem destruir. Há que cuidá-los bem e acarinhá-los, dar água e luz em doses certas para os ver crescer. E no entanto também há os que persistem em florescer mesmo quando as condições lhes são adversas, morrerão esses também enfim, se continuarem os maus-tratos, mas no entretanto deram grande lição de perseverança, já que teimaram em existir onde há muito, tantos outros teriam já entregue as armas dizendo, não posso mais. Para estes amores, imperfeitos todos, não é o primeiro vento que lhes quebra o caule, não são as primeiras chuvas a fazer ceder as pétalas, e mesmo quando o sol deu calor a mais, as cores foram capazes de se manter como estavam pela frescura da manhã. Se calhar, plantas que sejam como estes amores deveriam ser chamadas de amores-teimosos, amores-determinados, amores-perserverantes. Ou então nada disto é verdade e há apenas um amor, que é sempre igual, diferente apenas a pessoa que o sente e a pessoa por quem se sente. Quem sabe. Afinal, a vida das flores está repleta de segredos."

terça-feira, março 14, 2006

sábado, março 11, 2006

Não deixa de ser irónico

Que precisamente quando estou a vender a casa, me tenha calhado este ano ser a administradora do prédio.

Ou seja, quando a minha cabeça estava mais do que virada para empacotar coisas e contratar empresas de mudanças, é de imaginar a minha disposição para me ralar com os assuntos do condomínio.

Para ajudar à festa, desde que "tomei posse" em Janeiro, o prédio já entrou em obras duas semanas para instalar o gás natural, foi preciso mandar uma carta aos donos do bar aqui de baixo por causa do barulho, as lâmpadas das escadas desataram todas a fundir-se ao mesmo tempo e há um corrimão na entrada a aguardar orçamento para ser substituído.

Ah! Ontem quando cheguei, vieram informar-me que os trincos eléctricos deixaram todos de funcionar, ou seja, ninguém consegue abrir a porta da entrada, a partir de casa.

É mais que a conta.

sexta-feira, março 10, 2006

Caríssimas PT's e netcabos, e assim

Entendam uma coisa de uma vez por todas.

Se vocês contratam um qualquer rapazito imberbe, que vem tocar-me à porta de casa às oito horas da noite, quando eu e a maior parte das pessoas deste País estão sentadas a jantar, não há a mínima hipótese, a mínima, entendem, de eu lhe comprar o que quer que seja.

As pessoas já passam as horas todas do dia a serem interpeladas por isto ou aquilo, acham mesmo que ainda dá para estar receptiva a conversas da treta de um tipo que nos apareceu em casa sem ser convidado ou sequer avisar que vinha? Hein?

A sério, desistam das vendas porta-a-porta. Parem com isso.

quarta-feira, março 08, 2006

Isto é que vai ser!! (A Maya é que sabe)

"Março de 2006

Carta dominante: XIX O SOL

O SOL define uma conjuntura auspiciosa para os nativos de Peixes que verão a sua vida evoluir de forma surpreendente. Pode dizer-se que o mês de Março tende a ser rico e próspero para Peixes que verá assuntos desbloquear e terá verdadeiras surpresas a maioria das quais, felizmente, de cariz positivo. Peixes está optimista e divertido e força do destino virá dar ainda mais intensidade à sua vida.
Sentimentalmente não terá motivos para estar inseguro ou desconfiado, pelo contrário, a conjuntura é de grandes afinidades e deveras propícia ao crescimento afectivo. Deve viver o mês de forma tranquila manifestando serenamente o que sente. Em Março pode ser surpreendido por manifestações de afecto ou gestos românticos que muito lhe vão agradar.
No campo profissional Março é um mês positivo neste sector e adequado a que possa correr riscos; ou melhor, aproveitar oportunidades. Para quem se queixava que a vida não corria muito bem, o SOL brilha de forma auspiciosa. Tenha em conta que, independentemente da sua idade ou estatuto, há situações que não se repetem; confie em si e na sua capacidade de trabalho e arrisque.
Na saúde conseguirá, apesar de ser um mês muito intenso, gerir da melhor forma as suas energias. Deve ter especiais cuidados com a postura dado que alguns problemas de coluna ou pernas podem dever-se a erros posturais. "

Vou vender a casa. Vou mudar de emprego. Homens vão prostrar-se aos meus pés. Vou acertar no Euromilhões.

Tudo num mês só.

Eu tenho tanta coisa que fazer...

... E vontade?

Dizia hoje um senhor muito inteligente, desde que as pessoas estejam motivadas, e tenham boas condições de trabalho, há bons motivos para nos levantarmos de manhã.

Desde que. Lá está.

segunda-feira, março 06, 2006

As maravilhas da ADSE

Então e não é que ainda há uns meses fui daqui recambiada para Lisboa para ter uma consulta médica daquela especialidade?

E não é que hoje vou dar com um médico dos que eu preciso, a meia-dúzia de quilómetros de minha casa, e que me arranjou consulta já para esta semana?

Ainda me parece bom demais para ser verdade... Na volta acontece-me o mesmo que dessa outra vez em que fui a Lisboa, muito contente porque o médico era super disponível... Saiu-me um velho com ar de octogenário, que tremia por todo o lado, ouvia mal e não se percebia nada do que ele dizia.

O que será que me espera nesta Sexta-Feira? Para já, levei um dia inteiro a achar o número de telefone da clínica, que depois dizia não estar atribuído, liguei de novo ao 118, que me deu outro número, que pelos vistos é da casa da senhora que marca as consultas, que me explicou que o outro número foi mandado encerrar por engano, porque era parecido com o da vizinha do lado que vendeu a casa, mas ela era muito simpática, a senhora que me atendeu, a vizinha não cheguei a conhecer, e então agora durante quinze dias até a PT resolver a coisa o único contacto é o da casa dela, e então disse-me para lhe ligar para casa logo à noite, que já me diz a que horas pode ser a consulta. Mas já ficou marcado. Acho eu.

É um dos karmas da minha vida. Sempre que tenho alguma coisa relacionada com esta área da medicina, tenho sempre a sensação de ter entrado na twilight zone. Medo.

domingo, março 05, 2006

Dedicatória

"Eu contigo, eu consigo
Fazer o que digo
Eu contigo, eu consigo
Fazer o que digo

Eu contigo, eu não pago
Eu não temo e eu não devo
Devo dizer-te ao ouvido
Eu sem ti não tem sentido
Tem sido

Devo dizer-te ao ouvido
Bem bom
Bem bom, bem bom
Bem mais do que o que é bom
Bem bom, bem bom"

Sérgio Godinho
in Escritor de Canções

sexta-feira, março 03, 2006

As férias, as férias...

Numa fase de pouca motivação profissional, é mesmo só no que apetece pensar.

E depois tem uma vantagem: enquanto estão em projecto, podemos ir para um monte de lugares giros, porque em projecto não se paga nada!...