quinta-feira, junho 28, 2007

Diga-se de passagem

Que no sobe-e-desce escada e percorre-corredor dentro do hospital, para visitar a mãe, tenho dado de caras com um médico, que sim senhor.

Não me importava nada de saber qual é a especialidade dele.

E a julgar pela troca de olhares, fiquei com ideia que ele também não se importava nada.

quarta-feira, junho 27, 2007

Ó sr. santo protector do tempo de espera até ao contrato de promessa compra e venda

O comprador partiu o perónio? Partiu o perónio? Eu sei que as coisas a mim não me acontecem nunca de maneira fácil, e tudo corre naquela base da corrida de obstáculos, mas levar esta metáfora tão a sério ao ponto do desgraçado do comprador partir uma perna, é mais que a conta.

Coitado do homem, foi internado, foi operado e tudo. Isto faz-me lembrar o Hugo, do Lost, que ganhou aquele dinheiro todo mas a partir daí há sempre pessoas à volta dele a sofrerem as consequências da maldição, tipo, gente a morrer e assim.

No meu caso, como sou assim uma criatura de fraca qualidade, o único efeito colateral que consigo provocar é um perónio partido. Ainda assim, o contrato era para assinar já amanhã e afinal vai ficar para Sábado ou Domingo. Ou Segunda, ou Terça...

Com franqueza.

terça-feira, junho 26, 2007

A operação da mãe

Em linguagem médica, foi uma histeroctomia, devido a um prolapso do útero. Em linguagem de gente, foi preciso remover o útero da minha mãe, porque ele descaíu e saiu para fora do corpo. Em linguagem de família, há já muitos meses que a minha mãe estava a perder faculdades básicas na nossa frente, a um ritmo diário, e para além do sofrimento físico que a coisa lhe provocava, vinham também por arrasto a depressão, a baixa auto-estima, o desinteresse por si própria e por aquilo que a rodeava. As ondas de choque provocadas por este problema alastraram por toda a família, a começar pelo meu pai, que é o que está mais perto, e que também inspira cuidados de saúde, já que o senhor não é propriamente um jovem. Desde que ela nos deu conta deste problema, em Novembro do ano passado, tem sido uma fase muito difícil, de muito desgaste para nós todos.

A operação foi ontem, e felizmente correu tudo bem. Hoje já a encontrei bem disposta e animada, feliz por se ver livre daquele peso que a empurrava, literal e figuradamente, para baixo.

Persistem muitas preocupações. Há muitas mais coisas que vemos que não estão bem e que têm que ser acompanhadas, há ainda muitas dúvidas sobre quais as sequelas desta intervenção no futuro, e portanto, não dá para fazer grandes festas. Mas pelo menos, esta corrida de obstáculos para a fazer chegar à operação o mais rápido possível, já a conseguimos concluir.

Hoje é tempo de respirar fundo e esperar que, como dizia Gabriel Garcia Marques num dos seus livros, "Deus nos livre daquilo que somos capazes de aguentar".

segunda-feira, junho 25, 2007

SPM

Há bastante tempo que não me dava. Estou irritada com qualquer coisa que mexa em particular, e com o mundo inteiro, de uma maneira geral.

quinta-feira, junho 21, 2007

Foi desta

VENDI A MINHA CASA!!!!! :) :) :) :)

(agora vou ali acender uma velinha ao santo protector do tempo de espera até à assinatura do contrato de promessa de compra e venda).

quarta-feira, junho 20, 2007

Eu, de certo modo

Eu quero: uma promoção.
Eu tenho: muitos projectos.
Eu acho: que mudar é sempre bom, nem que seja para pior.
Eu odeio: assuntos mal resolvidos.
Eu sinto saudades: de estudar.
Eu escuto: muito burburinho e isso cansa-me muito.

Eu cheiro: a mim.
Eu imploro: às pessoas que não andem em carneirada, e pensem pela própria cabeça.
Eu procuro: aprender e evoluir (uma coisa depende da outra).
Eu pergunto-me: será que existe isso do acaso?
Eu arrependo-me: de algumas coisas.
Eu amo: os meus.

Eu sinto dor: quando faço ginástica localizada (e mesmo assim volto lá para fazer mais).
Eu sinto falta: de alguns amigos.
Eu importo-me: quando não sou correcta para alguém.
Eu sempre: chego à hora combinada.
Eu não fico: descontraída por muito tempo.
Eu acredito: que sem muito trabalho, muito esforço, nada se consegue.
Eu danço: mal.
Eu canto: muito bem, aliás, sou um talento por descobrir nessa área.

Eu choro: baba e ranho nos filmes todos, inclusive a ver o Dumbo (de todas as vezes que vejo o Dumbo, aquela cena dele a separar-se da mãe dá cabo de mim).
Eu falho: como toda a gente, mas lido muito mal com isso.
Eu luto: e luto, e luto, e luto, todos os dias desde que me levanto até que me deito, contra todas as contrariedades que a vida me atravessa à frente, e às vezes consigo as coisas, mas acho que é mesmo só porque a vida fica farta de me ver a saltar obstáculos.
Eu escrevo: e depois guardo na gaveta.
Eu ganho: mal, claro, mas há quem esteja pior.
Eu perco: a paciência com demasiada facilidade.
Eu nunca: fumei um cigarro na minha vida.
Eu confundo-me: em qualquer lugar novo que vá, e em alguns onde vou com frequência também. O meu sentido de orientação é uma desgraça.
Eu estou: bem amada.

Eu sou: um bocado snob. E mal-humorada. E impaciente. Mas ainda assim, sou boa pessoa.
Eu fico feliz quando: acontecem coisas boas aos outros ou a mim.
Eu tenho esperança: de uma vida melhor.
Eu preciso: de ver os meus pais bem de saúde.
Eu deveria: aprender a lidar melhor com os fracassos.

quarta-feira, junho 13, 2007

No smoking, please

Falta muito para entrar em vigor aquela nova legislação sobre o tabaco?

É que, depois de um frugal pequeno-almoço de chá e torrada, estou com o cabelo a cheirar como se tivesse ficado num bar qualquer a fumar e a beber até às duas da manhã!

Ainda ontem lavei o cabelo, raios partam este vício horrível.

quarta-feira, junho 06, 2007

Vidas...

- Dentista às 09h30.

- Depilação às 13h00.

- Ginástica às 17h30.

Ó Sócrates, desculpa lá mas hoje só deu para trabalhar quatro horas!...

segunda-feira, junho 04, 2007

(Querem ver as fêmeas à minha volta a ficarem todas doidas? Querem? Querem? Então cá vai...)

Eh pá...

Não estou habituada a isto...

É mais ou menos como ter um gão de pó no olho, ou ser mordida por uma melga e ficar uns dias com comichão no braço, ou comer uma refeição mais calórica e fazer uma digestão mais prolongada que o habitual... Incomoda um bocadito, mas felizmente são tudo situações transitórias, ao fim de um tempo passa e volta tudo à normalidade.

Também não consegue incomodar por aí além, ele coitadito é congenitamente atrofiado, e continua mirrado à conta da subnutrição.

Mas ainda assim, de vez em quando manifesta-se, o raio do instinto maternal!...