tag:blogger.com,1999:blog-13818557.post2416962837330259767..comments2023-10-17T13:08:54.381+01:00Comments on blimunda sete luas: Requiemblimunda sete luashttp://www.blogger.com/profile/07698354358922799540noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-13818557.post-86973442034804577882009-07-21T23:11:11.299+01:002009-07-21T23:11:11.299+01:00O meu avô era o verdadeiro "patriarca" d...O meu avô era o verdadeiro "patriarca" da família, aquele que deu tudo para nos erguer, para nos ver feliz, era amado e querido por todos nós sem excepção...vê-lo perdido numa doença terrível que o transportou para outro mundo, para um mundo só dele, no qual nós não pertencíamos, no qual nem nos reconhecia, foi terrivelmente doloroso para todos nós...<br />Cedo percebemos que não conseguiamos providenciar-lhe todo o apoio de que necessitava em casa...a decisão foi a mais dolorosa, mas foi tomada mais uma vez pela família toda. Assumimos o compromisso de que mesmo longe, ele nunca estaría só...e nunca esteve, nem por um dia! Teve todos os cuidados básicos de que necessitava e teve visitas diárias da família, muitas vezes de toda a família e sei, tenho a certeza, que nunca lhe faltou Amor, carinho e ternura de todos nós! Pela minha parte cresci muito nesse processo, para além de ter ganho uma nova família...no meio de tantas pessoas que nunca tiveram uma visita de um familiar, eu tive a oportunidade de fazer amizades, de distribuir atenção e ternura por tantos que também precisavam...Ainda hoje os visito, mesmo um ano após o meu avô ter desaparecido!<br />Foi uma decisão díficil sim, mas foi tomada em conjunto e em todos os dias que visitei o meu avô, fiz questão de lhe dizer o quanto o amava, mesmo que ele não me ouvisse ou reconhecesse... isso foi sempre o mais importante.<br />Quando partiu, a dor foi imensa, mas tive a certeza que sabia o quanto foi amado!<br /><br />ForçaSusananoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13818557.post-80082736001860832502009-07-13T22:32:04.301+01:002009-07-13T22:32:04.301+01:00Meu amigo,
Não leves a mal a opção por publicar o...Meu amigo,<br /><br />Não leves a mal a opção por publicar o teu comentário. Conheço a tua história o suficiente para saber que veio das entranhas.<br /><br />É também com a partilha das nossas histórias que nos vamos apoiando uns aos outros. Sim, fez-me bem. Fará bem também a outros que não conhecemos mas que passam por aqui.<br /><br />Obrigada.blimunda sete luashttps://www.blogger.com/profile/07698354358922799540noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13818557.post-40360068001737318852009-07-13T22:23:09.330+01:002009-07-13T22:23:09.330+01:00Não sei dizer!
Na minha história muito concreta e...Não sei dizer!<br /><br />Na minha história muito concreta e muito pessoal (como todas!), passei pelo período de doença da minha mãe, quase exclusivamente, à distância (estava em França na altura), sem poder ver as diversas fases, sem poder dar-lhe apoio ou ao meu pai. Foi um período de grande ansiedade, acrescida de uma imensa sensação de impotência, frustração e sentimento de culpa, que dura até hoje.<br /><br />Tudo isto misturado com as esperanças trazidas por uma reacção atipicamente boa a um transplante e com o choque de uma recaída quando menos se esperava! (embora o quadro final fosse omnipresente). <br /><br />E vir a correr (de avião) só para lhe acariciar pela última vez o cabelo e as mãos…<br /><br />Depois o meu pai. Tudo mais rápido. Menos de uma semana para pensar em arranjar um espaço onde ele pudesse ficar (e assimilar a ideia), uma vez que a recuperação total seria impossível. Um espaço que veio a revelar-se inútil pois ele acabou por não resistir.<br /><br />Foi melhor assim, disseram-se e assim penso a maior parte do tempo. Egoisticamente, acho que os momentos difíceis e as lágrimas depois de lhe virar costas numa qualquer instituição, após cada visita, seriam compensados pela sua presença. <br /><br />E com a morte do meu pai a minha mãe, que subsistia nas memórias comuns, morreu de novo e definitivamente. Esta sensação foi uma surpresa!<br /><br />E após tudo isto. O pior para mim!! Arrumar. Esvaziar uma casa onde durante mais de 30 anos se foram construindo as nossas vidas. Encontrar as tralhas escondidas, esquecidas, das nossas vidas. Escolher os objectos que passarão para as gerações futuras, os símbolos a preservar, os apontamentos significativos daquilo que foi uma família. O peso do dever de preservar algo. Custou-me ser filho único pela primeira vez neste momento! Por necessidade, desfazer-me de quase tudo.<br /><br />E depois um vazio. Ainda hoje, com uma vida cheia de outras coisas, todos os dias, sinto as ausências, sinto os vazios deixados. Sei que será assim para sempre! Serenamente!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13818557.post-66097781995817063322009-07-07T18:35:51.522+01:002009-07-07T18:35:51.522+01:00Permite que te invada o espaço, dizendo-te que sei...Permite que te invada o espaço, dizendo-te que sei bem pelo que passas. Nada do que te possa dizer te vai aliviar a alma ou ajudar a tomar a resolução. porque essa terás mesmo de ser tu a tomá-la. Infelizmente, no ano paasado passei pela provação de uma grave doença familiar. Não era minha mãe, mas alguém a quem quase poderia chamar isso. Foi doença complicada, com distâncias muito grandes pelo meio. Mas o seu acompanhamento em casa deu-me muita força enquanto ser e mulher que sou. É difícl. Faltam-nos as forças. Mas percebemos que demos tudo de nós para que o seu fim fosse junto de quem ama. Hoje voltaria a fazer tudo de novo. Espero um dia fazê-lo aos meus pais. Voltar a ter a coragem que fui buscar não sei onde.<br /><br />Se tiveres oportunidade de ter alguém em casa com eles, fá-lo, se não puderes ser tu!Acredita que estarão mais felizes junto daqueles que viram nascer e crescer. <br />Mas esta é a minha modesta opinião.<br /><br />Um beijinho e que tomes a resolução que seja melhor para todos.Pepita Chocolatehttps://www.blogger.com/profile/04285002628613204351noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13818557.post-90345901217133481702009-07-07T17:18:15.768+01:002009-07-07T17:18:15.768+01:00Cara blimunda,
compreendo perfeitamentamente a tua...Cara blimunda,<br />compreendo perfeitamentamente a tua angústia. É muto difícil para nós filhos sofrer na pele a inversão de papéis... Até uma certa altura da nossa vida não pensamos nem temos noção de como as coisas mudam... aqueles que durante toda a nossa vida vimos como os nossos protectores, o nosso porto seguro a envelhecerem e a precisarem mais de nós do que aquilo que alguma vez imaginamos... não é nada fácil essa decisão de que falas, mas concerteza será a melhor para eles e para a família toda. Realmente é uma decisão muito dolorosa, principalmente se eles não compreendem ou se os mais próximos nos julgam... força para ti e família, um bjinho com carinho, pois sei a dor e a inquietação que sentes.Andreiahttps://www.blogger.com/profile/05169175471084878360noreply@blogger.com