sábado, maio 28, 2011
Todo um national geographic a acontecer à volta da minha casa
De entre a comunidade felina autócnone do espaço verde exterior ao meu prédio, há um jovem macho que anda a ser vítima de bullying por parte de um outro gato, três vezes maior do que ele, que não é de cá e que só aparece para roubar a comida dos outros e arranjar confusões.
sexta-feira, maio 20, 2011
Sempre fui, sempre serei uma betinha marrona
Mal habituada que venho com as notas do 1.º semestre, ontem calhou-me uma classificação insatisfatória que, embora positiva, não corresponde aos meus próprios padrões de exigência... Levo tudo demasiado a sério, eu sei. Mas há coisas numa pessoa que não mudam...
segunda-feira, maio 09, 2011
Peso à portuguesa, com certeza
Isto da globalização cultural tem coisas muito boas mas a bem da verdade também pode ser uma chatice. Porque como temos cada vez mais acesso à versão original de certos produtos televisivos, quando estes chegam a Portugal é mais ou menos como aquela carne supostamente fresca que nos querem impingir no supermercado, mas que como veio importada de Timbuktu e demorou uma semana a cá chegar, de fresca já só tem o nome e a luz fluorescente avermelhada que lhe põem por cima, para ela ficar mais corderosinha, no balcão onde a gente encosta a barriga.
Ora barriga foi mesmo a deixa que veio a calhar para falar do "Peso Pesado", que começa logo mal pelo título que lhe deram, porque pese embora (isto é um tema que se presta mesmo a umas bocas bem metidas, e olha já aqui mais outra) se compreenda que "The Biggest Loser" seria algo impossível de traduzir de forma adequada para o nosso Português, não percebo porque raio não chamaram ao programa "Peso Certo". Porquê? Por ser o título de um espectáculo de revista do Fernando Mendes? É que "Peso Certo" seria muito mais apropriado ao espírito do programa, julgo eu. "Peso Pesado"?... Enfim, não percebo.
(Mas isto das decepções com as versões portuguesas de alguns programas não é a primeira vez que me acontece. Quem como eu seguiu avidamente na TV espanhola a primeiríssima edição da "Operación Triunfo" (e que pena que eu tenho de não arranjar aquilo em dvd, que comprava, palavra de honra), percebe bem as diferenças. Embora por cá as primeiras edições também tenham valido a pena, enfim, sempre achei uma pena que o Jorge Gabriel não tivesse apresentado a OT por cá. Ou mais recentemente a versão do "Project Runway", um programa tão giro, como é que foi possível fazer em Portugal... bem, aquilo que se viu, ou que eu só vi o primeiro programa, porque a seguir desisti logo).
Adiante. Tal como já receava, grande fã que sou do "Biggest Loser", esta versãozinha à portuguesa está-me a sair uma coisa desnxaibida e sem ritmo, de brandos costumes, repleta de concorrentes "mais ou menos", de esforços moderadamente difíceis e com uns desafios razoaveizinhos, mas nada de muito extremado, que isto é só para parecer que nos estamos aqui a esforçar muito e o verdadeiramente importante neste programa é, já se sabe, chorar. Chorar muito. Tudo bem, já perdi a virgindade há uns anos, também não tenho a ilusão de que os americanos se esfalfem até ao limite do absurdo, mas pelo menos disfarçam melhor, caraças! Embora, diga-se em abono da verdade, na versão original eles também choram que se fartam, coisa que aliás é a única que me chateia em todo o programa. É a choradeira que para ali vai do princípio ao fim.
(o que me leva a uma reflexão que já tinha antes de iniciar a versão portuguesa: então mas será que não se arranja um raio de um obeso que diga assim, estou gordo porque como até me fartar e aquilo sabe-me bem! Não tive nenhum trauma de infância, a minha família não morreu toda, não estou chateado com a vida, sou sexualmente activo - sim, é que dá a sensação que os obesos não têm vida sexual, e desconfio que isso não seja verdade - simplesmente o meu metabolismo, os meus hábitos de alimentação, a minha vida sedentária, levaram-me a uma obesidade que está descontrolada e aqui estou, alegre e contente, de cabeça resolvida, pronto para mudar de vida! Qualquer coisa assim, um concorrente especial que nunca chorasse, era do meu ponto de vista um bom contributo para este programa. Fica a sugestão, para o vazio das pessoas pertinentes para tomarem esta decisão e que nunca irão ler este texto.)
Então e os treinadores? Os treinadores, pelamordedeus. A forma como a treinadora (ainda não sei como se chama) dizia há bocado para um concorrente da equipa castanha qualquer coisa como "vá, dá o teu máximo, esforça-te", parecia qualquer coisa como, "vá, um bracinho a seguir ao outro meu querido, agora a perninha para a direita, a outra perninha para a esquerda". O texto foi decorado e é dito ainda com menos expressividade que a do Mourinho nos anúncios do BCP. E isto eu nunca pensei que fosse possível ver em televisão.
(Embora o Mourinho se tenha uma vez mais superado. Levou os anúncios a bancos protagonizados por gente do futebol para todo um outro nível, muito para além do Ronaldo que tem o dinheiro no Bejarender. Mas continua brutalmente atrante. O Mourinho, nada de confusões. O outro nem calado marchava.)
Onde é que eu ia? Ah! A treinadora. A senhora a incentivar os concorrentes durante o treino parece aquelas meninas do call-center que falam connosco sempre com a mesma entoação que aprenderam no workshop e que se desmancham à primeira pergunta que a gente lhe faça e que não esteja no guião. Do treinador ainda não vi o suficiente. Mantiveram o padrão, o homem é o bonzinho, ela é a cabra. Não consegui ainda perceber se ele vai fazer bem de bonzinho. Mas ela enquanto cabra, meu deus, tragam cá a Jillian e ela que dê um treino de gritaria e de asneirada a esta treinadora que arranjaram, a ver se melhora o interesse e os concorrentes transpiram mais um bocadinho.
E depois, é claro, a apresentadora. O que dizer sobre a apresentadora? Porquê, pergunto eu, porque é que hoje, Domingo à noite, refastelada no meu sofá a empaturrar-me com amêndoas de chocolate que sobraram da Páscoa enquanto vejo um programa sobre perca de peso e aquisição de hábitos de vida saudável, porque é que de repente tive a sensação de que estava a ver um qualquer programa das tardes ou das manhãs de um qualquer canal generalista? "Então, concorrente "xpto", estou a vê-la com uma carinha tão triste, o que é que se passa?...". E depois os concorrentes, como são portugueses, dizem coisas extremamente assertivas, como "não se passa nada de especial", ou, "estou assim mais ou menos". Exacto. Pois. Disseram à Júlia Pinheiro para moderar o tom de voz. Mas quase que preferia vê-la aos gritos como o costume. Seria mais autêntico.
Mais outra coisinha: o programa de hoje foi demasiado longo. É muito encher de chouriço num programa que se destina a perder peso, a sério. Não teve ritmo nenhum, o realizador também devia ir aprender umas coisas lá com os americanos. E aquela conversinha a puxar a lamúria como se fossem as "Tardes da Júlia", com uns concorrentes totalmente embaraçados, mal preparados, que poucas palavras conseguem pronunciar, dão uma comichão nos dedos para mexer no comando da televisão e ver o que está a dar na FoxLive que eu nem vos digo. Bem sei que ao Domingo são só séries repetidas. Mas estão tão bem feitas que são como a comidinha caseira, mesmo requentada, raramente decepciona.
quarta-feira, maio 04, 2011
Às vezes a vida não é tão difícil assim
Aluna: Professor, sobre aquele livro que fez circular na aula anterior...
Professor: Sim?...
Aluna: Deve ser muito recente, porque procurei por ele aqui na biblioteca da Faculdade, e não estava lá...
Professor: ...
Aluna: Pode dizer-me onde consigo encontrá-lo, ou talvez emprestar-me o seu?...
Professor: Não deve ser necessário... Eu comprei o meu no Pingo Doce...
Professor: Sim?...
Aluna: Deve ser muito recente, porque procurei por ele aqui na biblioteca da Faculdade, e não estava lá...
Professor: ...
Aluna: Pode dizer-me onde consigo encontrá-lo, ou talvez emprestar-me o seu?...
Professor: Não deve ser necessário... Eu comprei o meu no Pingo Doce...
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