terça-feira, fevereiro 28, 2006

34

Feitos hoje. Sem nostalgias. Estou de bem com o meu presente e não o trocava por nenhum dos meus passados. Para a frente é que é caminho. Parabéns e coiso e tal, e siga, siga, siga...

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Insólito, dizem eles

Os senhores do Correio da Manhã acharam isto insólito.

O pior é se um dia destes deixa de ser insólito, para se tornar banal. Já faltou mais...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Flexicoiso

Uns senhores de uma certa entidade bancária, sabendo que eu estou quase a comemorar o meu aniversário, estão dispostos a oferecer-me 1.000,00 € de presente pelos meus 34 anos, ficando eu a pagar mais de 50 € por mês até ter quase 36.

São tão queridos.

Privacidade vs solidariedade

Ouvi em tempos uma pessoa dizer que em termos de relacionamento humano, onde se ganha em solidariedade perde-se sempre em privacidade. Não posso estar mais de acordo, e se isto às vezes é uma coisa difícil de conciliar, meus amigos.

Senão vejamos. Aqui na minha vidinha de todos os dias, vou muitas vezes de autocarro para o trabalho. E acontece que há diversos colegas que me dão boleia com alguma frequência, já que entramos todos mais ou menos às mesmas horas e vamos todos para o mesmo lado. Tenho uma colecção de potenciais boleias muito considerável, que me permite poupar alguns trocos em transportes, o que é positivo. ;-)

Mas depois, lá está. Ganha-se solidariedade, perde-se privacidade. Ando a braços com a situação caricata de um certo colega, que me dá boleia com alguma regularidade, que de cada vez que não me encontra no local habitual à hora de sempre, acha-se no direito de me questionar, então a que horas vieste hoje, o que é que te aconteceu, trouxeste o carro, etc., etc.

Isto a mim causa-me calafrios. Desde sempre, se eu sonho que alguém me anda a controlar os horários, isso é coisa para me tirar do sério. Não gosto, não gosto mesmo nada. Inclusive, posso-me tornar mal educada se insistirem muito.

Além disso, o que é que o senhor quer? À pergunta mais frequente, a que horas vieste hoje, essa então recuso-me a responder de todo, era o que me faltava. Já me basta o relógio de ponto à entrada do serviço. Aliás, a resposta mais provável seria essa, eh pá, telefone para a secção de pessoal que por esta altura já lá está o registo. Não pode ser, o colega até é simpático, e se calhar nem tem noção de que está a ser inconveniente. E a boleia dele dá jeito. Mas há perguntas que não se fazem, bolas.

Além de que, com a vida que eu levo, nem que eu lhe passasse a minha agenda. E assim ele já sabia os dias em que não apareci porque tive uma reunião de manhã noutro lado, porque adormeci e resolvi apanhar um autocarro mais tarde, porque trouxe o carro para ir à piscina ao fim do dia, ou a uma reunião qualquer noutro lado qualquer, porque, porque, porque, porque. Não há pachorra.

Então e se me desse para responder mesmo? Também podia ser giro. Uma pergunta do género, que foi que te aconteceu hoje, a ser respondida à letra poderia ser algo parecido com isto:
- Sabe, é que eu esta noite não dormi em casa, e portanto era impossível ver-me por aquela zona de manhã...

ou então, melhor ainda:
- É que eu por estes dias andei menstruada e então, sabe como é, tive que dar mais umas voltinhas na casa de banho e atrasei-me, foi isso... Então o tempo? Este frio não há meio de abalar, hein?...

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Por estes dias

Estive em formação, e daí o silêncio. Durou a semana toda e terminou hoje.

Estas experiências valem sempre a pena, acho eu. Ainda que o tempo de duração seja curto e os assuntos todos tratados pela rama, ainda que as condições sejam precárias, ainda que, ainda que, se a gente não quiser começar logo derrotados, a verdade é que se pode aproveitar sempre alguma coisa.

Por um lado, é a oportunidade de conviver com colegas com quem nunca tenho que trabalhar directamente e por isso só muito por alto sabia o que raio faziam eles. Até conheci algumas que nunca tinha sequer visto. E durante aquela semana não há hierarquias nem divisões ou departamentos, e temos que trabalhar em conjunto e em pé de igualdade. É muito giro.

Depois realmente, quem me quiser ver motivada e contentinha é darem-me coisas novas para aprender. Eu gosto mesmo muito de estudar. E estes períodos em que me recoloco na posição de aprendiz de alguma coisa tornam-se numa espécie de alimento para a alma, um choque vitamínico que me deixa cheia de bons sentimentos, optimismo, esperança.

Modéstias à parte, as apreciações da minha prestação são quase sempre muito positivas. E comprovam aquilo que eu já sinto há muito tempo, que estou pronta para outros voos e só falta a oportunidade acontecer. Dizia a formadora que lhe apetecia, depois daquela formação e doutras, pegar numas tantas pessoas e fazer o papel de caçadora de cabeças, para levar para outros lados. Não me contive. Disse logo, "eh pá, a minha cabeça está à disposição para ser caçada!". Riu-se tudo muito e eu fiquei contente. Como isto nunca se sabe, lá passei a mensagem a mais outra pessoa.

E porque tudo tem o sem valor, e às vezes no pouco é que se encontra o muito, nos momentos de convívio que sempre ocorrem nestas alturas, um colega pode ter-me dado, sem saber, o mote que me andava a faltar para a escrita de um romance. Se eu tiver unhas para isso.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Pois...

"O facto de você ainda continuar numa relação só pode querer dizer uma de duas coisas: ou a sua cara-metade tem muita paciência ou estamos perante um milagre. Você não se esforça na vida a dois e é completamente desligado/a. Qualquer tipo (mesmo remoto) de romantismo não lhe diz absolutamente nada."

Não, meus amigos. Isto demonstra bem é o que é que eu penso sobre esta coisa do Dia do Comerc.... quer dizer, dos namorados.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Ode ao consumismo

Não pense, diga.
Viva o momento,
Aposte nos seus sonhos
e Worten sempre.

Damos vida ao seu telemóvel,
Tecnologia para a vida, liberdade sem limites.
O bom sai bem,
E dura, dura, dura.

Quem é simpático, quem é?
Segue o que sentes,
Crédito pronto a usar,
Grandes compras.

Isto é verdade, não é só publicidade.
Até já.

Os saldos...

... são o paraíso e o inferno.

Paraíso porque está tudo a uns preços maravilhosos, e de repente arranjam-se umas pechinchas que doutra maneira seriam impossíveis. Sobretudo quando vamos a um dos meus sítios preferidos para ir às compras, o belo do Freeport em Alcochete, onde se podem contrar galheteiros por 2,38 €, e conjuntos cueca/soutien da Triumph por 16,00 €, sendo que este último ainda por cima foi oferecido!

Inferno porque me farto de ver coisas giras que gostaria de comprar e que compraria de certeza, se ainda houvesse o número que eu visto. Vi camisas bem giras na Sacoor, vendidas ao preço da chuva, experimentei algumas sete ou oito e só comprei uma, porque as outras estavam todas ou demasiado grandes, ou demasiado pequenas.

Por causa disto é que depois acabo por lidar com a frustração, indo a estas lojas ou outras e gasto balúrdios de dinheiro, mas ao menos encontro as coisas que me acentam realmente bem, nas cores e nos padrões que eu quiser.

E agora que já dei o rol das futilidades deste fim-de-semana, um dia destes prometo que faço um post muito sério sobre coisas realmente importantes, como a fome que há no mundo, por exemplo.

... que a futilidade também é uma coisa muito séria, atenção.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Em reunião

Olhou para o relógio. Ao fim de uma hora e meia de reunião continuavam no primeiro ponto da ordem de trabalhos. Suspirou. Pela janela via-se um sol esplendoroso, mas o frio que vinha do chão não enganava ninguém, e ao fim daquele tempo todo praticamente imóvel, já só não batia os dentes por mera vergonha.

O presidente da mesa passou a palavra a outro elemento, que também se achou no direito de dizer qualquer coisinha sobre aquele assunto. E ainda faltava passar a palavra a metade das pessoas presentes. Foi à casa de banho, na esperança de que no regresso, algum milagre tivesse sucedido. É claro que voltou e ainda estava a mesma criatura a falar, num tom monocórdico que só lhe dava era sono.

Deu consigo a odiar de morte todas as pessoas que usavam da palavra. Essa cambada de gente molenga, a quem tanto lhe fazia sair dali às seis, às sete ou às oito da noite. Esta cambada de inúteis não teria casa nem família? Seria ela a única pessoa na sala com vida própria? Mas porque é que continuavam a pedir licença a uma palavra para dizerem a seguinte e pior ainda, a fazer pausas entre palavras? E depois ainda havia quem quisesse voltar atrás para perceber melhor. Para perceber melhor! Mas afinal, quanto tempo mais é que aquilo ainda iria durar?

Enquanto sorria afavelmente para o orador da frente a assentia com a cabeça, controlava a o tédio e treinava a sua técnica de abrir ligeiramente a boca e fazer pressão com o maxilar, para disfarçar o bocejo. Imaginou como ficaria feliz se pudesse calar aquela boca que vomitava palavras sem interesse absolutamente nenhum. Um belo soco em cheio naquela boca mole, talvez fosse suficiente. Ou então não. O melhor era mesmo saltar para cima da mesa, armada de duas catanas, e cortar-lhe a cabeça de uma assentada como tinha visto no filme dos samurais em que entrava o Tom Cruise. De cabeça cortada calava-se de certeza, aquela lontra nojenta. Sorriu. Tomou mais umas notas.

Mas pensando bem, e já que se tinha imaginado com duas catanas na mão, porque não cortar também a cabeça do tipo que estava ao lado? Pelo arzinho dele, preparava-se para tomar a palavra e não a largar tão depressa. Não foi tarde nem foi cedo. Cabeça cortada, problema resolvido. E antes que mais alguém se lembrasse de dizer alguma coisa, decidiu pegar na sua caneta automática, que era também um isqueiro e uma arma de fogo de alta precisão, e começou a disparar. Aquela reunião tinha que acabar custasse e o que custasse, e estava nas suas mãos acabar com ela. Fuzilou todos um por um.

Quando terminou a carnificina restava apenas o presidente da mesa. Há que tempos que o andava a marcar, aquela barbinha por fazer, o rabinho bem feito, os modos galantes, o olhar de carneiro mal-morto que ele lhe deitava em todas as reuniões. Agora é que ela queria ver, se ele era homem para isso. Empurrou para o lado o cadáver do 1.º secretário, encarregue de fazer a acta, e puxou o presidente para si. Tendo em conta a delicadeza da matéria, sussurrou-lhe o problema que verdadeiramente a preocupava. Apelou para que ele o encarasse com firmeza e dedicação. Derrubaram todos os dossiers e lançaram-se com violência sobre aquele novo ponto da ordem de trabalhos. Debateram-no até à exaustão…

Foi o próprio presidente da mesa quem a trouxe de volta à realidade. Sobre o primeiro ponto da ordem da ordem de trabalhos, tem alguma coisa a dizer? Não? Então podemos passar ao segundo ponto…

Muito profissional, debruçou-se novamente sobre os seus apontamentos, agora com toda a atenção. A reunião continuava sem fim à vista. Mas pelo menos, já não tinha frio.

Teclas traiçoeiras 2

... Que eu não posso falar muito sobre enganos ao teclar. Aqui há uns anos atrás, num certo documento dirigido ao público em geral, aquilo que deveria ser:

"ERRADICAÇÃO DAS BARRACAS"

saiu assim:

"ERRADIAÇÃO DAS BARRACAS"

Foi só um "c". O pior é que o sentido da frase ficou precisamente o oposto do que deveria ser. Lembro-me que na altura, a reacção do chefe foi "que c......".

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Teclas traiçoeiras

Recebi agora mesmo um mail de um senhor muito simpático, que termina a sua mensagem desta forma:

"Coma os meus cumprimentos"

E eu, tudo bem.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

O meu estado de espírito hoje

"Estou velho!
dói-me o joelho
dói-me parte do antebraço
dói-me a parte interna
de uma perna
a parte amiga
da barriga
que fadiga
o que é que eu faço ?
escolho o baço ou o almoço?
vira o osso
dói pescoço
é do excesso
do ex-sexo
alvoroço
reboliço
perco o viço
já soluço
ja sobroço
esmiuço
os meus sintomas
e já agora, do meu médico
os diplomas
esmiuço
a consciência
e já agora, apresento a penitência"
Sérgio Godinho, O Elixir da Juventude
in Tinta Permanente, 1993

É oficial. Estou farta do Inverno.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Hábitos estranhos? E são só cinco?!...

Piece of cake. Aqui vai:

- Penteio o cabelo todas as noites, antes de ir dormir.

- Não suporto vestir camisas por baixo de camisolas. Prefiro camisolinhas de licra ou algodão, por baixo das lãs. Ou então, visto as camisolas de lã directamente sobre a pele.

- O duche dura 30 minutos. E não quero saber.

- Gosto de comer pastéis de nata à colher, como fazem os putos.

- Enxaguo o lava-loiças até à última gota quando acabo de lavar a loiça, mesmo sabendo que o mais certo é abrir a torneira nos cinco minutos seguintes.

Quando quiserem mais cinco, é só dizerem!...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Beijos e coiso e tal

Tá bem, tá bem. Mas acontece que as opções de resposta não me agradam. Portantos aqui vão as minhas verdadeiras respostas, e quem quiser que calcule os resultados:

1. Como foi o seu primeiro beijo?
Foi uma coisa sem jeito nenhum. Quando alguém se põe a fazer o que quer que seja, sem saber o que raio está a fazer, o que sai é mesmo isso, uma coisa sem jeito nenhum. Demasiada saliva para pouca calma. E por favor, não me façam recordar mais nada que é demasiado embaraçoso, sim?...

2. Qual destes menus prefere para um jantar a dois?
O que me apetecer mais depois de ler a lista no restaurante, ou seja, qualquer um que eu não tenha que cozinhar.

3. Chegou a hora h, o que faz?
Tento controlar os nervos e deixar a coisa correr, caso contrário transformo-me desgraçadamente na adolescente descrita em 1.

4. Qual destas palavras é a mais indicada para dizer “beijo"?
Beijo.

5. Os seus beijos mais eficazes deixam a outra pessoa a pensar?
Os meus beijos mais eficazes, onde? Sejam mais explícitos, ó faxavor. É que conforme os sítios, a outra pessoa pode ficar a pensar diferentes coisas, ou eventualmente, não ficar em condições de pensar... Ou então não.

Sorte ou azar?

Dizem que entornar vinho é sinal de dinheiro.

E entornar café é sinal de quê? É que já agora, depois de levar com uma bica por mim abaixo, ao menos que seja sinal de euromilhões, de venda da casa, ou de uma promoção no emprego...

Se não, é mesmo só sinal de que vou ter que passar por casa e mudar de roupa antes de ir para os sítios onde preciso de ir no final da tarde, e de que, definitivamente...

EU HOJE DEVIA TER FICADO EM CASA A TIRAR O PÓ AOS MÓVEIS!!!...

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

quinhentos mil euros

É tudo o que eu peço ao deus nosso senhor do euromilhões.

São cem mil contos. O suficiente para eu comprar uma casa na cidade e outra junto ao mar (o meu grande sonho), e nunca mais me ralar com rendas de casa na vida.

Meto uma licença sem vencimento por dois anos e vou dedicar-me a fazer um mestrado, experimentando pela primeira vez desde que saí do Secundário, o que é andar a estudar sem ter que trabalhar ao mesmo tempo. Quanto ao resto, logo se vê.

Já sei que são uns projectos um bocado acanhaditos, mas eu no que toca a dinheiro, como sempre tive pouco, tenho assim esta mentalidade de saloia, pronto.