sábado, julho 30, 2005

A fénix

A mim sempre me pareceu que há algumas semelhanças entre a fénix que eternamente renasce das próprias cinzas e o dogma católico da ressurreição, a meu ver erradamente considerado como acontecimento histórico, quando deveria talvez ser interpretado pelo seu valor simbólico.

Seja como for, exemplos de renascimentos e ressurreições estão sempre a acontecer por este mundo fora, e nas vidas de cada um de nós também. É graças a esse tanto de fénix que todos temos que podemos ver esta maravilha transformar-se nesta outra, e serem ambas verdadeiras, e ambas expressarem aquilo que é.

sexta-feira, julho 29, 2005

8.428.517 punhetas a grilos depois...

... e na perspectiva desta semana não chegar para as bater todas, tenho apenas a dizer que:

SÓ ME APETECE SUBIR AOS POSTES E APALPAR O CU ÀS LÂMPADAS!

Arre!...

quinta-feira, julho 28, 2005

Silly Season

Ele há dias, tal como hoje, em que o meu trabalho não tem outra forma de ser caracterizado: tenho aqui que bater uma série de punhetas a grilos...

Quando terminar estarei capaz de me sentar em frente à televisão durante horas, com um prato bem grande de bifes com batatas fritas à frente, comendo compulsivamente enquanto vejo telenovelas mexicanas...

Enfim, vidas...

terça-feira, julho 26, 2005

Um dia de chuva

"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é."
Alberto Caeiro

segunda-feira, julho 25, 2005

Jesus!

Hoje trouxe para casa um autêntico tesouro. Estou rica, mesmo sem euro milhões.

Comprei os dois primeiros volumes de um conjunto de três, que estes senhores fizeram o favor de traduzir do castelhano, num trabalho que assim à primeira vista me parece ser de bastante qualidade. Finalmente, finalmente!, uma tradução para português de jeito dos Evangelhos Gnósticos! Tenho nas minhas mãos, com o papel a cheirar a novo, O Livro Secreto de João e outros Textos Gnósticos, e também Evangelhos Gnósticos. Autênticas preciosidades como o “Evangelho de Tomé”, “O Evangelho de Maria (Madalena)” e o “Evangelho de Filipe”, entre outros. Eu nem estou em mim de tanta felicidade! Falta-me agora ter acesso ao terceiro volume, A Revelação de Pedro e Outros Textos Gnósticos.

Estes textos nunca integraram o Novo Testamento e desde sempre foram rejeitados pelas correntes ortodoxas do cristianismo. É nos Evangelhos Gnósticos, ou apócrifos, que podemos encontrar histórias desde sempre incómodas para os católicos, tais como esta, retirada do Evangelho de Filipe: “E a companheira do [Salvador é] Maria Madalena. O [Salvador] amava-a mais do que a todos os discípulos e beijava-a frequentemente na [boca].”

Isto contado desta maneira pode parecer um bocado estúpido, mas confesso que quando vi estes livros na prateleira do Jumbo o meu coração deu um salto, exclamei um “ah!” de alegria que se ouviu uns bons metros à volta (algumas pessoas chegaram a olhar-me de maneira esquisita, mas estou-me a borrifar para elas), e a verdade é que, algumas horas passadas, ainda não consegui aquietar-me completamente.

Neste momento, a única coisa que ocupa o meu espírito, para além da urgência de ler isto tudo é: QUERO COMPRAR O TERCEIRO VOLUME JÁ! PORQUE É QUE NÃO ESTAVA AO PÉ DOS OUTROS?! HEIN? ONDE É QUE ESTÁ… O TERCEIRO VOL… PRECISO DO TERC… VOL… URGENT… É UM CASO DE VIDA OU MORT…

… Estas coisas põem-me louca.

sábado, julho 23, 2005

Delícias da vida doméstica

Ora deixa cá ver...

Mexer em carne crua, que cheira, obviamente a carne crua. Tirar peles e gorduras nojentas. Por conta do cheio e do resto, fazer grande esforço de abstracção mental, essencial para impedir os espasmos do estômago, perigosamente indiciadores do vómito.

A seguir, ficar com os olhos a arder enquanto se pica a cebola, para logo depois as mãos ficarem a tresandar com o cheiro a alho.

Passar pelo menos hora e meia de volta de um tacho a ferver, transpirar, transpirar e ver cada vez mais longe a frescura do banho acabado de tomar.

Eis aquilo que está para além da minha capacidade de compreensão: há pessoas que, mesmo passando por isto tudo, continuam... continuam a gostar... gostam de cozinhar! Tss, tss, tss...

quinta-feira, julho 21, 2005

As faces são opostas mas a moeda é a mesma

O celibato é uma coisa boa porque…

- O que é meu é meu. Sou livre para comprar ou vender quando me apetece, sem ter que discutir, negociar ou ceder sobre coisa nenhuma.

- Não tenho que gastar dinheiro em coisas parvas tais como consolas de videogames ou máquinas digitais de filmar que vão custar um dinheirão e servir uma vez ou duas, até aparecer um brinquedo mais giro.

- Ao regressar a casa, as únicas coisas que encontro desarrumadas são precisamente aquelas que eu própria desarrumei.

- Posso chegar ao fim do dia e “fechar-me na concha”, no silêncio da minha casa, até conseguir recuperar o equilíbrio que por vezes me abandona enquanto ando na rua.

- Não tenho camisas de homem para passar a ferro.

- Quando sou atacada pelo SPM (Síndroma Pré-Menstrual) isso não afecta mais ninguém a não ser eu própria, o que pode ser muito positivo sobretudo quando o dito inclui crises de ansiedade, irritabilidade simplesmente porque o céu é azul, flatulência e outros desarranjos intestinais.

- Gasto o dinheiro que me apetece em roupa, lingerie e cosméticos sem precisar de inventar argumentos que expliquem porque é que tudo isto me faz tanta falta, quando a verdade é que não há argumentos possíveis…


O celibato é uma coisa má porque…

- Não tenho vida sexual, facto que reconhecidamente não me faz nada bem aos nervos. Por outro lado é óptimo para os fabricantes de ansiolíticos e de chocolates.

- Tenho que acartar sozinha com as compras do supermercado até ao terceiro andar.

- Quando chega a hora de pagar a renda da casa, a prestação do carro, a água, a luz, o telefone, etc., etc., sai tudo do mesmo ordenado e não é o do vizinho do lado, infelizmente.

- Se chego tarde e exausta a casa não está lá ninguém para tomar conta de mim e me preparar o jantar (porém o que não falta prái são homens que não preparam jantares).

- Nas férias calha-me sempre a mim conduzir a porra do carro.

- Sou sempre descaradamente enganada por tudo o que seja vendedor ou mecânico de automóveis, e ainda por cima tenho que me ralar com coisas estupidamente parvas, tais como lavar o carro (!), ou verificar o ar dos pneus (???!) (porém o que não falta prái são homens que não percebem nada de carros).

- Quando avaria o autoclismo, há candeeiros e cortinados para montar ou alguma torneira começa a pingar, surge um sentimento de apocalipse iminente extremamente desagradável, ultrapassado apenas quando me conformo em ser escandalosamente enganada pelos canalizadores, electricistas, ou simplesmente pelos gajos que têm jeito para tratar destas merdas (porém, ó desgraça, ó martírio, o que não falta prái são homens que não conseguem sequer trocar uma lâmpada).

Pré-campanha

No "Público", de 19 de Julho. Está tudo dito.

quarta-feira, julho 20, 2005

Sobre o post anterior...

... que pelos vistos não foi bem entendido.

O problema não é o excesso de peso da jovem de ontem. É mesmo a falta de gosto, as más opções na escolha das roupitas, que não a favoreciam em nada. Fiquem lá com mais estes exemplos, a ver se nos entendemos:





Perceberam agora? A noção do ridículo é fundamental...

Isto é tão elementar quanto as saias deverem obedecer sempre a um mínimo de 37 centímetros regulamentares, e as mulheres com mamas grandes não poderem usar soutiens que só custam 5 euros!

Fui mais clara agora?... Não?... Mas que raio...

terça-feira, julho 19, 2005

Momento religioso


Meu Deus! Ouve as minhas preces! Já que não me deste a beleza, ao menos, por favor, nunca me faltes com a noção do ridículo!

sábado, julho 16, 2005

Efeitos colaterais

Eu ando tão frustrada com isto de não encontrar calças de ganga que me sirvam, que no espaço de uma semana já é a segunda blusa que compro.

quinta-feira, julho 14, 2005

Homem bonito, homem feio

Aqui na chafarica destes amigos, tem suscitado vivo debate um certo anúncio publicitário que mete homens semi-nus, cavalos e kilts, e por arrasto, o conceito feminino de beleza masculina, uma coisa que pelos vistos vai muito para além da capacidade de entendimento da classe masculina em geral.

Aproveito este meu canto para me alongar um bocadinho sobre o assunto. Como a maior parte das mulheres entenderá, não há a mínima possibilidade de explicar de forma objectiva porque é que um homem é bonito ou não. Até porque o homem mais belo do mundo pode deixar de o ser em cinco segundos, simplesmente porque fez isto ou aquilo, ou em alternativa, porque não fez isto ou aquilo. Além disso, também não acho os homens assim tão objectivos quando se trata de considerar uma mulher bonita ou feia, portanto estamos conversados, que todó mundo padece da tal da subjectividade.

E depois acho que a questão está mal colocada a priori. A minha apreciação, por exemplo, nunca é posta em termos de bonito ou feio, com todo o respeito por quem pense nesses termos, obviamente. Eu cá prefiro outros conceitos, a meu ver mais abrangentes: simplesmente, ou faz efeito ou não faz efeito.

Assim sendo, e mandando a objectividade às urtigas, andei à procura duns tantos exemplos daquilo que me faz ou não efeito (ou que faria se a minha sorte chegasse a tanto). Se este post não contribuir para o esclarecimento do tema em questão, devo dizer que pelo menos a pesquisa foi muito agradável de fazer e que acredito ter contribuído para a boa disposição do mulherio. Ah! A ordem, tirando o primeiro de todos, é aleatória, que isto não é nenhum campeonato:

Este é o que faz mais efeito de todos!

Descoberto recentemente. Faz efeito se estiver assim, porque se for assim já não faz efeito nenhum
Ai, ai, o efeito que este amiguinho (o da camisa azul) me faz!...
Faz sempre efeito. Sempre. Raios o partam.
Outro “vintage” que nunca deixa de fazer efeito.
Este, este, e este também fazem todos efeito, sendo que isto resume praticamente tudo o que eu sei acerca de futebol.
Aqui está o personagem com tudo para fazer efeito na vida de uma mulher…
E sim, este gajo também me faz efeito, e NÃO QUERO SABER!

Depois,
Faz efeito assim, assim

E finalmente,
Nem que se pinte todo de dourado, não me faz efeito nenhum
Outro que deixa as mulheres todas loucas. A mim, não faz efeito
Nada. Nem um pelinho do braço se me arrepia, quanto mais o resto.
Nop. Este também não faz
Mas isto fará efeito a alguém?... Pior é que a algumas faz. Medo.
É bonito? Sem dúvida. Faz efeito? Não.

E pronto. Aceitam-se sugestões para futuros updates...

terça-feira, julho 12, 2005

VENDE-SE

Funcionária pública competente. Organizada, eficaz na análise, rápida na execução. Com espírito de liderança. A precisar de estímulos profissionais. Preço negociável.

segunda-feira, julho 11, 2005

Alguém entende?...

1.ª noite: Escola. Refeitório. Vidro partido. Assaltantes vandalizam e comem da comidinha que encontram mesmo a jeito, inicialmente destinada aos meninos no dia seguinte. Pela manhã, chamar GNR. Reparar vidro. Lamentar o estado a que isto chegou

2.ª noite: Escola. Refeitório. Vidro partido (outro, não o mesmo). Assaltantes dedicam-se a fritar bifes e a comê-los. Nasce o sol, repara-se o vidro outra vez, GNR, bla bla bla.

3.ª noite: Escola. Refeitório. Vidro partido (ao menos vão-se substituindo os novos pelos velhos, o pior é que os que lá estavam tinham sido pintados pelos miúdos, enfim, estes assaltantes são do piorio). Assaltantes tornam-se refinados, fritam bifes e batatas, já só falta o ovo a cavalo (se calhar não gostam, pronto).

4.ª noite: Escola. Refeitório. Outro vidro (sempre diferente). Não se pode comer sempre à base de fritos. A saladinha também é muito positiva. Estes assaltantes têm bons hábitos alimentares.

Se calhar, é por andarem tão bem alimentados que se tornam mais difíceis de apanhar. Pelo menos a GNR, com eles a irem sempre ao mesmo sítio em quatro noites seguidas ainda não conseguiu. Se calhar acham os assaltantes demasiado previsíveis. Não?...

quinta-feira, julho 07, 2005

Moda ou ditadura?...

a) cintura um pouco descaída
b) cintura descaída
c) cintura muuuuuito descaída

Entre umas e outras estão calças que:
a) assentam na perfeição;
b) assentam assim assim, conforme os modelos;
c) foram concebidas por criaturas malévolas com o único objectivo de nos humilharem em frente ao espelho da cabine de provas!

Ó xô dona da loja! Muito giras estas calças de ganga! Já vi que têm disto para barbies e para adolescentes anorécticas. Agora, se não se importa, diga-me lá onde é que está a roupa para mulheres?!

quarta-feira, julho 06, 2005

terça-feira, julho 05, 2005

Amargos de boca

Os doces são um vício como outro qualquer. Manter bons hábitos alimentares é uma questão de disciplina, de mentalização. Aparentemente é simples mas não é, sobretudo quando cai do céu aos trambolhões (leia-se: da casa da mãe) uma caixa cheia de bolinhos miniatura que têm esta capacidade espantosa de nos invadir o cérebro antes mesmo de os metermos na boca. E lá ficam eles, a chamarem-nos do frigorífico, a insinuarem-se, com mil promessas de eterna felicidade que a gente sabe que são enganadoras, mas tão tentadoras, meu Deus… Nunca, mas nunca, se deve deixar um viciado com fácil acesso ao objecto da sua tentação, a disciplina e a mentalização ficam logo com as perninhas a tremer.

Uma solução possível para o problema era boicotar quem me boicota a dieta, ou seja, deitar tudo fora e pronto. Mas e depois quem é que me livra dos pesos de consciência, aquela que diz que a comida não é para deitar fora, porque temos que respeitar quem não tem o que comer e tal…

Andei dois dias nisto. Bolos no frigorífico: cada vez menos. Disciplina e mentalização: a minguarem tal e qual como o número de bolos no frigorífico. Iria acabar por comê-los todos se não fizesse alguma coisa para acabar com este ciclo vicioso. Há bocado fui-me a eles, comi dois, e a seguir pedi muitas desculpas às criancinhas da Etiópia mas espetei com o resto no caixote do lixo. Amanhã de manhã saem logo comigo a caminho do contentor, que é a única maneira de parar de pensar neles (mais uma infracção: o lixo deve ser sempre despejado à noite. Estão a ver como qualquer vício nos torna pessoas más?).

Era o que faltava. Afinal quem é que manda aqui em casa, eu, ou meia-dúzia de pastéis de nata?... Estou firme e hirta na minha opção por uma alimentação equilibrada e saudável! Fora, pastéis de nata, fora!

… Na verdade não eram só pastéis de nata... Também havia daqueles em forma de rim, cheios de creme por dentro, são dos que eu mais gosto... É melhor nem pensar mais nisto, senão ainda passo pela humilhação de os ir buscar de volta ao caixote. Estão metidos dentro da caixa, ainda devem estar bons… Não?...

American Pie

É uma canção muito linda. Da autoria de um tipo chamado Don MacLean, e já tem mais de 30 anos. Deve ser possível ouvir isto na net, mas como não consegui encontrar nenhum link para esse efeito pelo menos pode-se chegar à letra por aqui.

Ouvi isto pela primeira vez no final de uma das melhores peças de teatro que já vi na vida. Chamava-se "Os Descendentes de Kennedy", foi levada à cena pelo Teatro da Malaposta e tinha no elenco a maravilhosa Maria João Luís e o Marcantónio del Carlo, a Ana Nave também, e pelo menos mais dois actores, cujos nomes não consigo recordar. Nunca oiço este tema que não me recorde daquele espectáculo e de como chorei baba e ranho ao som deste "American Pie". E já lá vai um porradão de anos...

domingo, julho 03, 2005

Será isto a tradição?

Quando cheguei da Festa trazia os pés a latejar de tanta dor. Os cabelos e a roupa, incluindo a interior, cheiravam a suor, febras, couratos, sardinhas e tabaco, tudo ao mesmo tempo. Enquanto lá estive, e munida do meu sorriso profissional número 32, lá fui palmilhando ruas e mais ruas, procurando ser sempre delicada e simpática para toda a gente, incluindo os fadistas que tinha que convencer (obrigar, mesmo) a cumprir o horário de actuações previamente estabelecido, os bêbados que me tentaram engatar (um deles bem giro, por sinal), e os magotes de gente a quem ia pedindo para nos deixarem passar. Nesta longa noite ouvi as mesmas pessoas cantarem os mesmos fados umas três vezes pelo menos. Rapei tanto frio, mas tanto frio, que já não sabia o que fazer à minha vida…

Em cada lugar por onde passámos deram-nos de comer e de beber, tínhamos tudo à disposição, desfeita era não aceitar. As imperiais vinham-me (perigosamente) parar às mãos sem que eu as pedisse e sem saber sequer quem as oferecia ou as estava a pagar. Cantei o fado. Ri com gosto de todas as anedotas que me contaram. Encontrei e abracei amigos que não via há anos e como sempre conversámos e tirámos prazer de estarmos novamente juntos, e isso deixou-nos a todos muito felizes.

Quando cheguei da Festa tinha o corpo numa desgraça. Porém a minha alma vinha a transbordar desta sensação maravilhosa que é a de se pertencer de facto a alguma coisa. Como se a Festa, tão ruidosa e fatigante, fosse afinal uma espécie de colo de mãe, quente e aconchegante. Será isto a tradição?...

sábado, julho 02, 2005

É que não há limites para a estupidez...

Palavras de Mariah Carey: "Quando vejo as crianças a passar fome em África dá-me vontade de chorar. Também gostava de ser assim magra, mas sem aquelas moscas à minha volta."

Andei a tentar arranjar qualquer coisa para comentar isto, mas olha, não consigo lembrar-me de nada...

sexta-feira, julho 01, 2005

Um poema para o fim-de-semana

"Eis o leito em que me deito
No buraco do meu quarto.
E em que sofro a dor do parto
Que não acaba
De mim próprio."

José Régio, acho eu, que procurei procurei e não achei o livro onde isto está.