sexta-feira, abril 28, 2006

Trabalho, trabalho e mais trabalho

A tal iniciativa, que não irá inaugurar, mas sim que cuja inauguração irá efectuar-se, inicia-se no dia 03 de Maio, ou seja, próxima Quarta-Feira, e termina no Sábado, dia 06.

São quatro meses de trabalho para quatro dias de actividades, e já só temos dois dias úteis para que esteja tudo pronto. Vai estar, como sempre, eu sei. Mas até lá chegar, por mais que tente, não me livro desta angústia.

Quem me dera já cá o dia 07 de Maio! O que eu vou dormir descansada nesse dia!...

terça-feira, abril 25, 2006

Duas canções

Para celebrar Abril. Escolhi estas duas porque gosto delas, podiam ser milhentas.

Cada um terá as suas preferidas, e isso só é assim porque esta nossa Revolução também foi feita de música e poemas, e músicos e poetas, que não merece a pena procurar palavras para elogiar, tanto as obras como os autores, porque isso serão sempre apenas palavras, e isso não chega para lhes dar o devido valor.

Acho que mais vale fazer assim, deixar que estas músicas e estes poemas façam sempre parte de nós:

E depois do Adeus
Interpretação:
Paulo de Carvalho Música: José Calvário Letra: José Niza


"Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós"

Já joguei ao Boxe, já toquei Bateria
Sérgio Godinho
"O rapaz até que não é burro
tem é falta de uso
mete o nariz onde não é chamado
como um parafuso
ó meu rapaz, tu só és senhor
do nariz que é teu
aqui paro para explicar uma coisa:
é que o rapaz sou eu
e assim fala quem quer mandar em mim
e assim fala quem quer mandar em mim
e assim fala quem quer mandar em mim
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p´ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia
isto no fim não passa de uma fase
que passa com o uso
foi muita liberdade de uma vez
e o rapaz está confuso
agora é tempo de apertar com ele:
olha, acabou-se a farra
ai, ai que este país está de pantanas
e não há quem o varra
assim fala quem já me quis varrer
assim fala quem já me quis varrer
assim fala quem já me quis varrer
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p'ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia
durante algum tempo foi necessário
pôr o rapaz a uso
pô-lo a gritar sobre o prestigio pátrio
e o orgulho luso
agora só nos faltava ele querer
virar o feitiço
contra o feiticeiro que o pôs a render
é que nem pensar nisso
assim fala quem me pôs a render
assim fala quem me pôs a render
assim fala quem me pôs a render
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p'ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia"
Que seria de nós todos, bloggers errantes, se não fora por este dia, há 32 anos atrás?...

segunda-feira, abril 24, 2006

O lado merdoso da vida

Pois claro. Eu logo vi que este exercício de procurar o lado brilhante da vida, comigo jamais resultaria. Uma pessimista congénita como eu não abandona assim às boas a convicção de que todo o mundo conspira contra mim, que há bruxas sim senhor, e que umas tantas andaram a juntar-se nos últimos tempos para me rogarem uma bela duma praga.

Haverá outra explicação para o facto de hoje de manhã, a fechadura da porta da rua decidir encravar-se e deixar-me fechada por dentro durante meia-hora, até ao ponto do desespero total? Quando consegui desencravar aquela merda já os bombeiros vinham a caminho.

Valeram-me as vizinhas do lado, aquelas almas caridosas que me apelaram à calma do lado de fora e a seguir me deram toalhas molhadas para arrefecer a testa e me ajudaram a controlar os nervos...

domingo, abril 23, 2006

O lado brilhante da vida

Ok. Vou fazer essa coisa de ver o lado brilhante da vida.

Não há dúvida que o esquentador avariou, não posso tomar banho em casa e tenho que aquecer água no fogão para lavar a loiça. Mas por outro lado, na cozinha há vários outros electrodomésticos, tipo o frigorífico, a máquina de lavar roupa, o fogão e o exaustor, o microondas, e estão todos a funcionar perfeitamente.

O aspirador, por sinal partiu-se uma peça na semana passada mas que se lixe, afinal ele continou a trabalhar alegremente, e já hoje limpou a casa toda sem problema.

Já o ferro de engomar, da última vez que trabalhou fez uns barulhos muito estranhos e o vapor não saiu nada como deve ser, o que não augura nada de bom para o futuro... Mas então, de que é que eu me estou a queixar? O carro, tirando o facto de beber óleo como se não hovesse amanhã, não sabe sequer o significado da palavra "avaria".

Um esquentador avariado, isso é lá coisa para aborrecer alguém...

Vou só ali comer uma tablete de chocolate e depois faço este exercício outra vez, pode ser que à segunda resulte...

terça-feira, abril 18, 2006

Francisco Adam

Tenho visto nos últimos dias, a maneira como a TVI tem espremido até não poder mais tudo o que tenha a ver com a morte do rapaz, escarafunchando mais uma vez na desgraça alheia, e de caminho aproveitando para dar ainda mais promoção à novela.

Só posso concluir uma coisa: provavelmente, estamos perante todo um novo potencial para o programa "Circo das Celebridades".

segunda-feira, abril 17, 2006

Onde andará ela

A minha paz de espírito. Veio visitar-me por poucos dias, agora desandou outra vez.

Não tenho outro remédio senão ir à procura dela. Faz-me muita falta. A ver se a encontro, já volto.

quinta-feira, abril 13, 2006

Seis horas de sono dá nisto

Estive a um milímetro de espalhar creme hidratante na escova de dentes.

O que vale é que falta só meio-dia para começar o fim-de-semana mais sagrado de todos. Abençoada seja a época da Páscoa. Hosanas pelos feriados e tolerâncias de ponto!

quarta-feira, abril 12, 2006

Ironia, essa companheira constante

"Well life has a funny way of sneaking up on you
When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everything blows up
In your face

(...)

Life has a funny way of sneaking up on you
Life has a funny, funny way of helping you out
Helping you out"
Alanis Morissette, Ironic
A vida tem altos e baixos, já se sabe. Dá-nos a pancada quando a gente pensa que está tudo bem, mas também tem a sua maneira de nos puxar para cima, mesmo que até pareça que está tudo a correr mal.
De alguém cujos macaquinhos no sótão têm vindo nos últimos dias a acalmar, e por isso anda mais optimista, para a amiga que está a precisar de se lembrar que "life has a funny way of helping you out". Para os entretantos, contamos uns com os outros.

sábado, abril 08, 2006

O acto médico está pela hora da morte

Aviso a todos os machos que lêem este blog:
Este post é susceptível de afectar os homens mais sensíveis. Contém referências técnicas relacionadas com exames ginecológicos e coisas assim que as mulheres costumam fazer, que não se percebem bem o que são e que quando elas começam a explicar metem uma impressão do caraças, que a gente é modernos, mas com juízo.

E agora, o post propriamente dito:

Isto parece uma anedota, e visto bem, se calhar é. Os meandros das comparticipações da ADSE não cessam de me surpreender, e espelham bem o País de merda em que vivemos, desculpem lá a expressão.

Pois que fui a consulta de Ginecologia, devidamente comparticipada pela ADSE. Alegria. Durante a consulta, o senhor Doutor tratou de recolher amostra para se realizar a citologia.

E o que é uma citologia, poderão perguntar? Uma citologia é um exame em que se faz a colheita de material do colo do útero, o qual é mandado para um laboratório especializado em citopatologia.

(por esta altura, todos os homens que aguentaram ler isto até aqui já vão por esta altura a correr, espavoridos, na direção da televisão mais próxima que esteja sintonizada na Sport TV).

Agora, reparai na maravilha desta subtileza: a consulta de ginecologia foi comparticipada. O exame no laboratório também vai ser. Mas o acto médico de recolher o material do colo do útero, isso não é comparticipado. Arrota aí com 20 euros, que isto do acto médico de retirar material para análise num sítito destes, é coisa que nem tem nada a ver com a consulta, está-se mesmo a ver, eu é que tenho a mania de ir ao médico da especialidade para fazer isto, esquisitices, qualquer mecânico de automóveis, ou canalizador poderia talvez, aí por metade do preço...

Tipo, a malta vai ao médico com uma constipação, a ADSE comparticipa a consulta sim senhor, mas ai, ai, ai, se o médico pegar no estetoscópio, atenção, que o acto médico de auscultar o paciente a ver se tem os pulmões apanhados, isso a ADSE já não está cá para comparticipar, era o que faltava!...

Ah! Falta só dizer que este exame (a citologia) é fundamental, devia ser feito por todas as mulheres uma vez por ano, e serve, entre outras coisas, para detectar precocemente o cancro do colo do útero...

quinta-feira, abril 06, 2006

Dias difíceis

E não, não são daqueles mais óbvios que costumam acontecer às senhoras, e às que não são senhoras também, visto que a mim também me acontecem.

É porque de vez em quando lá surgem alturas destas, em que me sinto uma espécie de equilibrista, a segurar uma pilha de pratos numa mão, outra pilha na outra mão, mais outra num dos pés, outra bem grande na ponta do nariz... e à espera, a qualquer momento, que venha parar tudo ao meio do chão, desfeito em cacos...

Nesta altura do ano, é quase sempre assim. Tem sobretudo a ver com o volume de trabalho, a que se juntam mais umas preocupações pessoais para ajudar à festa. Em fases de grande pressão como estas, fico sempre aquém das minhas próprias expectativas porque gostava de ser mais forte do que aquilo que realmente sou. E menos chorona. E menos pessimista.

Mas como alguém já disse em tempos, "reclama as tuas limitações porque elas pertencem-te". E portantos, quando começo a resvalar para uma espiral de negativismo já minha bem conhecida, e o pânico se aloja na minha garganta e não me deixa respirar como deve ser, tomo ansiolíticos sim senhor, e não tenho vergonha nenhuma disso.

Os dias ficam difíceis na mesma, mas pelo menos sou eu quem toma conta dos problemas, não são os problemas a tomarem conta de mim.