E era bom, por acaso. Um litro e meio dele, oferta de Natal.
A garrafa esperou pacificamente o meu regresso ao local de trabalho, onde me aguardava. Comigo saiu a caminho de casa, viajou na bagageira do carro, esperou mais um pouco pelo meu regresso da aula de ginástica, qual será hoje o meu destino, poderia pensar, se houvesse a possibilidade das garrafas de vinho pensarem. Mesmo as de litro e meio não chegam a tanto.
Lá veio comigo pela mão até à entrada do prédio, a caixa com a garrafa, a mochila da ginástica ao ombro, a mala de mão (gira!) também oferecida pelo Natal, a caixa da sopa para comer a seguir à ginástica (numa vã ilusão de alimentação saudável) também na mão, outra malinha de mão com coisas necessárias quando se passa a noite fora de casa...
Ora deixa cá ver. Duas mãos. Quatro coisas nas mãos e outra no ombro. Caixa do correio. Necessário chegar às chaves de casa para abrir a caixa do correio. Mudança de coisas de umas mãos para as outras porque está a chover e tudo o que se põe no chão fica enlameado. Capacidade de raciocínio: igual à da garrafa de vinho, ou seja nenhuma.
Resultado previsível: caixa de vinho caída no chão. Mar de vinho tinto surge repentinamente à porta do prédio. E um cheiro a taberna que não se aguenta. Donde se conclui que o vinho, quando cai ao chão, não vale a pena ser bom, que cheira a taberna na mesma.
Litro e meio de vinho. Se era para cair, uma de 75 cl tinha dado menos trabalho a limpar... Mas do mal o menos. Dizem que é sinal de boa sorte a nível económico! Pelo sim pelo não, registei o euromilhões logo nesse dia, que isto não foi um entornãozito pequenino, isto foi um entornanço de vinho que tem obrigação de render muito dinheiro!...
1 comentário:
faz lembrar uma garrafão (ou um garrafaço?) de vinho que vi num supermercado em Kazan, o bicho devia ter uns 10 litros, era gigante!! pena que custava quase 5 mil rublos, fora o trabalho que ia dar levar aquela porra toda pra casa...
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