quarta-feira, março 31, 2010

Choque de gerações



... Deve ser isto. Quem são estes, ou estas, ou assim-assim? Hein? Uma palavra: porquê?

Mas no fundo compreendo, a sério.

Tempos houve em que achava que todos os homens lindos eram heterossexuais, incluindo estes:

E que queriam ambos casar e ter filhos comigo.

Só muito mais tarde vim a saber a terrível verdade e por isso tenho pena das pobres criaturas acampadas no Pavilhão Atlântico (e também tenho pena dos pais delas, mas isso seria outro post), ainda ofuscadas pelo volume e pelo gel fixante.

Mas ainda hoje acho o artista um excelente artista, atenção.

E sei as letras todas de cor.

quarta-feira, março 17, 2010

Trocas-te



A speaker prepara-se para anunciar um qualquer evento. Descobre naquele preciso momento que não sabe onde está, ignora que iniciativa é aquela, desconhece o nome das pessoas a quem irá passar a palavra e quando o tenta fazer, falando de improviso, fá-lo tão mal que ao tomar da palavra, a individualidade abdica do seu próprio discurso e do assunto que a trazia ali, para pedir desculpas publicamente pelo mau desempenho da speaker, assumindo a responsabilidade pela má imagem transmitida, em nome da instituição que representa. Acordei com suores frios, na noite em que sonhei isto. E suei frio ontem à noite quando vi este episódio, porque desgraçadamente, alguém passou na vida real por aquilo que - acredito -, seja o pesadelo de qualquer pessoa que faça apresentação de eventos.

Façam os juízos de valor que quiserem, quem os quiser fazer. Isto é mais ou menos como os acidentes de carro, só não os tem quem não conduz ou não anda de automóvel. Quem faz este trabalho não está livre, e não é assim tão improvável de acontecer.

Não sei se foi isto que sucedeu. Mas estou mesmo a imaginar as brincadeiras na fase de testes de som, os nomes que se dizem quando ainda não está ninguém na sala, eventualmente até algum excesso de confiança porque já se fez a mesma coisa tantas e tantas vezes, o diabo do piloto automático, no fundo...

Não conheço a pessoa de lado nenhum. Estou completamente a especular mas não acredito, de todo, na teoria da conspiração de que aquilo foi de propósito. A não ser que o speaker conjugue um ódio profundo ao Eng.º José Sócrates (Sócrates, Sócrates, Sócrates...) e, simultaneamente, um prémio no euromilhões na passada 6.ª Feira. De outra forma, quem por vontade própria faz aquilo no desempenho da sua própria profissão?

Agora, este episódio é paradigmático e semelhante ao que se costuma dizer dos jornalistas, de que quando estes últimos são eles próprios a notícia, algo vai mal. Também neste caso estamos perante um trabalho em que a perfeição está na invisibilidade. Se ficou bem feito, não existe. Se algo corre mal, aparece no Jornal da Noite.

Vão daqui umas palavrinhas de solidariedade a quem teve este grande azar. Eu por mim, não me consigo rir disto, porque só posso imaginar a aflição que deve ter sido. De resto, peço aos santinhos todos para que não me aconteça a mim...

quinta-feira, março 11, 2010

Duzentas mil!!!...

... e trezentas e não sei quantas! Visitas! Já houve tempos em que eram mais, já houve tempos em que eram menos, e apesar do intervalo entre posts ser cada vez maior, especialmente nos últimos dois anos, é incrível como é que, todos os dias, cá vêm parar cerca de 150 pessoas.

Já reflecti muito sobre o que fazer com este espaço, hoje em dia não tenho, de forma alguma, o mesmo tempo e a capacidade mental para me dedicar a ele que já tive e que gostaria de continuar a ter... Já pensei em fechar a porta aqui e abrir outra chafarica noutro lado qualquer, chamada "mulherdomedico.blogspot.com", ou assim (a sério, lembrei-me disto agora, se existe algum blog chamado assim, não sou eu), já pensei em desistir por completo, mas a verdade é esta. Adoro a blogosfera.

Sim, sim, o Facebook e não sei quê, também ando por lá, é giro e tal, do Twitter não percebo nada (embora a nível profissional tenha a certeza que não pode ser ignorado), mas este site mais simples do que pode haver, de layout despretencioso que eu nunca me dei sequer ao trabalho de mudar, esta possibilidade de estar aqui no conforto da minha casa a escrever aquilo que me apeteça, sabendo que nas próximas horas, nos próximos dias, gente do Brasil, dos Estados Unidos, por uma qualquer razão ou por razão nenhuma virão aqui parar e tomar contacto com o que eu tenho a dizer, e ainda por cima, poderem dizer de sua justiça, é algo que me agrada muito, muito. É extraordinário.

Tinha pensado, se tivesse tempo (que não tenho), recompensar os meus 200.000 leitores com algo de diferente, uns contos um pouco mais longos do que aqueles que aqui coloco sob o item "verdades ficcionadas". Quando dei por mim já isto ia em 200 mil e 300, e um desses contos que vai sendo preparado continua rabiscado e muito, muito pela rama. Ou seja, perdeu-se a oportunidade.

Dir-me-ão, então e não tens outros já feitos, a verdade é que sim, que os tenho. Mas também por outro lado, receio pelos plágios e de maneiras que a coisa vai andando mais ou menos assim. Pode ser que um dia destes esta chafarica traga algo de verdadeiramente interessante do ponto de vista literário. Ou não.

Para já, para já, era isto. Muito obrigada, do fundo do coração, e continuem à procura, olhem que há por aí uns blogues que são mesmo, mesmo bons, aliás, alguns deles estão já aqui indicados na barra da direita.

PS: Já agora, esta história do acordo ortográfico é uma bela merda.