quinta-feira, julho 28, 2011

Desabafos da sociedade de consumo

Chateia-me este espírito das empresas de telecomunicações, em tudo semelhante ao genericamente atribuído a pessoas de uma certa etnia que normalmente vendem em mercados e em feiras.

Algumas destas empresas, das quais sou cliente há muitos anos, descobriram agora recentemente que eu sou "muito importante" para eles. Mas só sou importante agora, que lhes telefonei a dizer que o meu dinheirinho vai passar a ir para outro lado.

Primeiro, foi o telemóvel. Alterei tarifário, ao fim de pouco tempo lá veio o telefonema preocupado de alguém para quem eu sou muito importante, especialmente porque lhes dava mensalmente mais dinheiro do que o serviço do qual necessito.

Agora, foi a televisão e a internet cá de casa. Já tinha conseguido uma redução de 5€ no operador ao qual aderi, simplesmente por dizer que ia telefonar ao meu operador actual pedindo preços para as mudanças que pretendo fazer, e comparar. Hoje, quando liguei a desactivar o serviço, caíram do céu aos trambolhões duas propostas com reduções mensais e ofertas de tudo e mais alguma coisa, porque "a senhora é uma cliente muito importante para nós". Pois. Mas só sou importante quando digo que me vou embora. Antes disso posso continuar a pagar o mundo e mais um par de botas, e para descobrires que estás mal, estás sozinha nessa luta.

Não há dúvida, eu tenho é pouca paciência para me movimentar neste mundo de ciganagem, pouca paciência e pouco tempo. Mas o que eu devia fazer (o que devíamos todos fazer!) era apontar já na agenda, daqui a 2 anos, que é quando termina o contrato de fidelização que agora assinei, estar a fazer uns telefonemas a dizer que me vou embora de volta para outro operador qualquer. Que é para continuar a ser importante para esta gentalha.

1 comentário:

Reginalda disse...

Amen!