quinta-feira, agosto 17, 2006

A cor do dinheiro

Para mim é sempre cor de burro quando foge. Isto porque normalmente, mal olho para ele, já ele vai a fugir para um lado qualquer.

E sinceramente, as minhas ambições em matéria de dinheiro são do mais básico que pode haver. Não sinto falta de grandes fortunas, que devem dar um trabalhão a gerir. O que eu gostava mesmo (mas mesmo, mesmo!), era de não precisar de contar tostões.

Por um lado, há a noção de que poupar é importante. Por outro, há em mim um espírito consumista desenfreado que tenho que andar constantemente a vigiar, mas que também tenho que libertar de vez em quando, para não viver por aí cheia de frustrações e deprimida. Depois, há as preocupações com o futuro, a necessidade que ultimamente tenho (infelizmente) de deixar quantidades obscenas de dinheiro em consultórios médicos e na farmácia (um dia destes falarei disto). E ainda as coisas que legitimamente preciso de comprar, e onde terei que gastar dinheiro mais tarde ou mais cedo.

Ora, isto é muita coisa para uns certos 50 euros que me vieram parar ao bolso este mês. O meu lado precavido diz-me para os deixar sossegadinhos, que se eu andasse a poupar 50 euros todos os meses desde o início do ano, por esta altura já tinha 400 euros guardados. Mas nisto vem o meu lado consumista aos gritos, a lembrar que há uma camisola LINDA, com uma cor FANTÁSTICA na nova colecção da Lanidor, que AINDA DESAPARECE se eu não for a correr buscá-la.

Outra voz mais pragmática, ecoa em mim com relatórios pormenorizados das centenas de euros já gastos no dito problema de saúde, sem perspectivas de quando irá terminar esta nova despesa fixa que apareceu na minha vida. E uma outra diz-me que tenho uns sapatos capazes de irem para o lixo, de moldes que se é para gastar, que seja numa coisa que realmente me faz falta, tipo uns sapatos novos, e além disso ainda estão uns diazitos de férias programados lá para Setembro...

Tudo o que eu queria era ter podido comprar a camisola no instante em que a vi, os sapatos no dia seguinte, ter uma reserva de dinheiro confortável para fazer face a despesas inesperadas, tais como problemas de saúde ou outra coisa qualquer, e ir de férias quando me apeteça sem estar para me ralar muito com o assunto.

Assim como assim, o mais certo é andar aqui a fazer ginástica com os ditos 50 euros, a ver se eles chegam para os almoços e os cafés, e rezar para que venha depressa o ordenado de Agosto.

Vidas!...

PS: Aceitam-se propostas. O que fazer aos 50 €?
a) Guardá-los muito bem guardadinhos
b) Derretê-los em roupa
c) Derretê-los em sapatos
d) Guardá-los para derreter nas férias
e) Guardá-los para derreter na farmácia

5 comentários:

Anónimo disse...

e sem os 50, eim?

Falta o fim do mês e os 50 do mês que vem,cá está, vidas.....

Anónimo disse...

Resposta ao PS:

Ser generosa, a tua irmã precisa dum perfumezito do Boticário...
Ah!
Podes ficar com o troco.

Bart Simpson disse...

eu sou quase incapaz de guardar dinheiro, mas se fosse por aí era para as férias...
no entanto, parece que é melhor ires pela e) já que parece ser um problema que tens entre mãos...

SUSHISTICK disse...

Isso bem gerido (e com um downgrading nas marcas e materiais) ainda sobra qualquer coisinha...para derreter, claro!

virilão disse...

se precisares eu guardo-tos ;-)