terça-feira, junho 28, 2005

"Temos aqui um problemazinho..."

Claro. Há sempre um “problemazinho”. Também que se lixe, se não fosse para resolver os problemazinhos não levava o carro para a oficina. Agora, o que me fascina é o tom de voz. Mesmo antes do tom, o termo “temos”. Temos? Peço desculpa mas não “temos” nada, o problema é meu, que quando chegar a hora de pagar a conta do “problemazinho” o solícito funcionário não diz, “aqui está a nossa factura”. O que ele diz é “aqui está a sua factura”.

Voltando ao tom. É verdadeiramente assustador, porque o tom que o homem da oficina usa para dizer “temos aqui um problemazinho” é PRECISAMENTE o mesmo tom que a minha ginecologista usou quando uma vez me disse “tem aqui uma feridazinha”… medo. Onde, em que lugar obscuro deste mísero planeta, ginecologistas e funcionários de oficinas auto se juntaram para aprenderem a usar aquele tom?

E quando é que acaba a minha abstinência automóvel? Ontem de manhã era já ontem à tarde. Ontem à tarde, por causa do problemazinho, teve que ficar para hoje à tarde, sem falta nenhuma, fique descansada. Promessas…

QUERO O MEU CARRO DE VOLTA!

3 comentários:

Badasso disse...

Ah pois, eu ia tendo o mesmo problema hoje. Felizmente que cheguei cedinho à oficina e às 4 da tarde já tinha o carrinho pronto. Senão não sei que faria....

Anónimo disse...

Realmente... alguém me esclarece, isto é um blog ou um mural de lamentações...
e por falar nisso euzinha, que não tenho carta, que para meu azar a carta de tarot para esta semana é "o carro"... que tenho o meu ombro numa desgraça... que parti os óculos (sorte de não haver carta de tarot "os óculos", etc...
tive que:
fazer 30 telefonemas por causa do objecto rodante;
falar com o chavalo da oficina que também já não me podia ouvir;
atrasar a porcaria da fisioterapia, com as graves consequências para o ombro (já agora é o esquerdo);
e ainda por cima a preocupação com o custo do arranjo do dito cujo veículo, porque para os óculos eu preciso mesmo do dinheiro da dona do carro, que refastelada na sua formação, se fazia de difícil e não atendia o telemóvel.

Anónimo disse...

Eu fui buscar o automóvel... eu ouvi uma mulher doida (provavelmente devido a outro tipo de abstinência)por ter ido buscar o automóvel... agora só peço que na próxima semana regresses bem disposta que eu estou a tentar voltar ao (a)normal!!

Beijos!!