segunda-feira, janeiro 30, 2006

Vencedora do prémio "Mais valia estares quieta"

Uma senhora, nascida e criada na freguesia da Castanheira do Ribatejo, foi passar este fim-de-semana à Serra da Estrela, para ver neve pela primeira vez.

domingo, janeiro 29, 2006

Benfica 1 - Sporting 3, ou, o dia em que eu fui à bola

Aquilo é giro. Devias ir. Nem que seja só uma vez, para saberes como é estar num estádio repleto, e ver um jogo de futebol a sério.

Eu não percebo nem tenho grande apreço pelo Futebol enquanto jogo, a não ser quando joga a Selecção. Mas o Futebol enquanto fenómeno de massas desperta em mim algum interesse, de moldes que lá concordei que sim senhor, mal também não há-de fazer, quando calhar logo se vê. Desta vez surgiu e oportunidade e a coisa deu-se, ontem fui com ele à bola.

Aquilo que eu gostei mais foi de ver a águia a voar por ali abaixo. Achei muito bonito e senti verdadeiramente que partilhava uma qualquer emoção colectiva. Coisa de gaja. Quanto ao estar no estádio, foi um misto de assombro e angústia, que eu não gosto mesmo nada de multidões e por alguns - felizmente poucos - momentos, o facto de só ver cabeças à minha frente e atrás de mim, exigiu-me algum poder de auto-controle da fobia. Mas uma vez lá dentro, é sem dúvida esmagador. Grande concentração de testosterona. Acho que nunca tinha estado num sítio onde a concentração fosse tão grande. Hum.

Quanto ao jogo em si. Bom, atrás de nós estavam umas aves raras, uns Benfiquistas do Norte que foram para mim de grande utilidade. É que nós estávamos num sítio muuuito alto, e eu sou muito pitosga, não via os jogadores, e também se os visse, a verdade é que conheço muito poucos pelo nome. Por isso foi muito positiva a ajuda daqueles senhores, que assim fiquei a saber que todos os jogadores do Sporting se chamavam "filho da puta", embora curiosamente fosse esse também o nome de todos os árbitros, e ocasionalmente, era igualmente o nome de alguns jogadores do Benfica. Aliás, à medida que o jogo avançava, mais jogadores do benfica passaram a chamar-se assim. Curioso.

De resto, senti-me um bocado como me sinto quando estou na missa. A malta vai-se sentando e levantando todos ao mesmo tempo, e eu faço o mesmo com uns segundos de atraso, porque, tal como na missa, todos à minha volta conheciam as regras do jogo, menos eu. A minha pergunta mais corrente era, "O que é que foi que aconteceu?"

O meu parceiro, que conheço como pessoa comedida no linguajar e nos modos, durante aquela hora e meia recorreu a um vernáculo profuso e diversificado, e posso mesmo afirmar que lhe ouvi dizer ontem mais asneirada naquele curto espaço de tempo do que em todo o tempo que já passei com ele. Pese embora esteja a anos-luz das capacidades dos companheiros da bancada de trás, atenção.

À medida que o Sporting foi marcando golos, assisti também a um espectáculo interessantíssimo, que é ver um homem adulto a amuar, e progressivamente a ficar sem pescoço, desaparecendo assim pela roupa adentro, até ficar apenas o gorro, os óculos e o cachecol. Acho que ele ainda ia dentro da roupa quando nos fomos embora. Pelo menos, alguém me deu a mão e levou para fora do estádio, e depois conduziu o carro. Eu acho que era ele. Mas não tenho certezas de nada.

Rir

Era o que eu teria feito se, precisamente há um ano atrás, alguém me dissesse que no mesmo fim-de-semana:

a) Eu estaria no Estádio da Luz a ver o Benfica-Sporting;
b) Iria ver cair neve da janela da minha casa.

Este fica assim eleito o fim-de-semana mais improvável dos últimos tempos.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Então...














Bom fim-de-semana!!...

Somos 11

Dava 13 milhões, 272 mil, 727 euros a cada um.

O ano passado saiu-nos um prémio de 6.588,21 €, e já foi muito positivo. O que dizer então desta quantidade absurda de dinheiro...

Mas lá que merecíamos, merecíamos!...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O drama de dormir sozinha no Inverno

Dormir sozinha nesta altura do ano, em que faz um frio que até arrepassa os ossos, é das coisas mais desconsoladas que pode haver. Os meus serões passam-se a tentar manter o equilíbrio corporal, que é como quem diz, a ver se mantenho os pés quentes e se estou agasalhada, porque se vou para a cama à espera de aquecer quando lá chegar, boa noite. Ou melhor, boa noite é coisa que não vou ter.

Eu sou uma criatura muito estranha, a sério. As pessoas dizem que vão para a cama e aquecem. Eu vou para a cama e gelo a cama. E ultimamente, com o frio a apertar, mesmo que vá quentinha para a cama, chego lá e gelo a cama na mesma. Os pés então, é um problema constante. E isto leva-me, nesta altura, a fazer coisas para tentar manter-me quente na cama, algumas desesperadas, e outras simplesmente... bom, ridículas.

Mas como imagino que haja por aí mais gente com o mesmo problema, ficam umas dicas para gente como eu, ou seja, como diz alguém meu conhecido, que "não presta para nada":

- Ligar aquecedor no quarto de dormir uma hora antes de deitar e fechar a porta do quarto;

- Antes de vestir o pijama, pô-lo em cima do aquecedor um bocadinho;

- Mergulhar os pés em água bem quente antes de deitar;

- Vestir pijama e meias, das mais grossas que houver lá por casa;

- Pegar no robe e enfiá-lo entre os lençóis, a parte de cima para baixo. Já explico para quê;

- Enfiar as pernas pelos braços do robe, embrulhar o resto do corpo no robe, e ficar muito quieta, até porque depois de embrulhada em roupa desta maneira, não há grandes hipóteses duma pessoa se mexer.

E pronto. Em princípio assim a coisa corre mais ou menos bem. A alternativa é mesmo arranjar companhia para passar a noite, claro, que isto um homem numa casa, faz muita falta.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Sem título

Estou há quase 24 horas sem beber café. Devo ter a tensão arterial a -3 min. 2 max, ou coisa que o valha. Uma opção radical para tentar proteger pobre estômago que pelos vistos, como eu andei a gabá-lo e a dizer que ele resistia a tudo, decidiu dar ares da sua graça.

Diarreia voltou.

Cavaco Silva foi eleito à primeira volta.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Doidas, doidas, doidas, andam as galinhas

Dizia-me hoje uma amiga, frequentadora de baby-blogs, que corria pelos comentários de alguns deles coisas do género, ah e tal, é coisa muito absurda haver mulheres que podendo ter filhos, não os querem ter.

E isto irritou-me. Ao ponto de não me apetecer ser boazinha, que aliás, em regra não sou. Ao ponto de me estar a apetecer ser fundamentalista, e até quem sabe um bocado estúpida, mas que se lixe, que também às vezes uma pessoa cansa-se de estar sempre a levar com estas matronas presumidas, armadas em donas da virtude e convencidas que só elas é que estão certas.

Não tenho a maternidade como uma prioridade, nem primeira, nem sequer segunda nem sequer terceira, pois não. E isso não faz de mim uma mulher de segunda categoria, tenham lá paciência, vão olhar de modo complacente para outro lado ó fáxavor. Raios as partam.

Fiquem a saber que a moeda tem sempre dois lados. Absurdo para mim é ver mulheres que manifestamente não podem ter filhos e que continuam obcecadas , dispostas a tê-los a qualquer preço. Com tanta criança que por aí anda aos caídos, isso não é egoísmo também?

De uma vez por todas. Temos todas os mesmos direitos, ninguém é melhor que ninguém. O desejo de procriar é tão legítimo quanto o desejo de não o fazer. Certo? Ah claro, já sei. Não precisam de dizer. Sou uma insensível. Não posso compreender. Porque não sou mãe, pois claro.

Pois aqui esta pecadora capital, esta deficiente emocional a quem obviamente faltam peças fundamentais tem a dizer que, muito francamente, acho que os baby-blogs às vezes são tão queriduchos, tão mimosinhos, tão ternurentinhos, e as respectivas comentadoras são tão pi-pi-pi, tão qui-qui-qui, mi-mi-mi, nhe-nhe-nhe, tu-tu-tu, coro cocó, que me deixam a pontos de vomitar em cima deles.

Campanha Eleitoral IV

Hoping for the best but expecting de worst.

Para mim, o pior é ver o Cavaco levar isto logo à primeira. O melhor será ver o Manuel Alegre ir à segunda volta. Já não esgrimo mais argumentos sobre quem é o melhor candidato, os argumentos utilizam-se conforme as conveniências, a verdade é que há verdades de todos os ângulos que se olhe a coisa.

O Manuel Alegre merece a segunda volta. Merece ter mais votos que o Soares. Primeiro chamaram-no para uma missão e depois disseram-lhe que afinal não, obrigadinho, mas pensando bem há outra pessoa melhor. Porque estamos à rasca e temos que ganhar isto, custe o que custar. Foi isto. E isto não se faz.

Não deveria ser necessário dizê-lo, mas pelos vistos tem que ser, a política não é o campeonato de futebol e não se pode querer ganhar a qualquer preço. A política é suposto ter a ver com valores e dignidade e convicções. Mesmo que isso signifique não ganhar. Mas não, o que se vê é que em cada momento eleitoral, interessa é marcar golos e ganhar o jogo. Posso estar muito errada, mas eu acho que não pode ser assim.

O meu voto vai para o Manuel Alegre porque desde sempre, na minha opinião, é o único candidato que uma certa esquerda deveria ter apresentado, apoiado e dignificado. Mesmo assumindo o risco disso representar um resultado menos bom. Teria sido muito mais bonito de se ver.

O próximo Presidente será aquele que a maioria dos portugueses quiser eleger. E será o meu Presidente. Quanto à esquerda, mais uma vez, terá aquilo que fez por merecer.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Orgasmos e orgasmos

Muito engraçado. O site, quero eu dizer, que orgasmo não é uma coisa que se possa chamar de engraçado. Um orgasmo que nos dê vontade de rir, não sei, mas não deve ter sido grande coisa de orgasmo. Acho eu...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

O meu estômago

É uma espécie de trituradora. Uma besta faminta cuja única preocupação é estar cheio, não importa com o quê. Logo, não se pode contar com ele. Nada de avisos, tipo, cuidado que isso que estás a comer não está bom, ou, recuso-me a digerir essa misturada de coisas. Nada disso. Amassa-se tudo, empurra-se pelo cano abaixo, e segue jogo.

Os intestinos são enfim os desgraçados que apanham sempre por conta. E mais uma vez, sem que o meu estômago ou papilas gustativas tenham emitido sequer um ínfimo sinal de alarme, estou agora a braços com um autêntico incêndio nas minhas entranhas, umas punhaladas filhas-da-puta que me forçam a dobrar-me sobre mim mesma e que aparecem sem aviso, e uns instestinos em tumulto, revoltados contra a inércia do estômago, e dizendo que assim não têm condições de fazer bem o seu trabalho.

Vou tomar uma Ultra-Levure, pode ser que isto passe. Ironia das ironias, quando eu comia fritos a torto e a direito, estas coisas aconteciam-me menos...

Campanha Eleitoral III

Pois, realmente, está tudo dito.

Todas as mulheres sonham com isto...


... Encontrar um homem que respeita e inclusive gosta das nossas partes flácidas!!...

(Colin Firth faz um efeito desgraçado)

sábado, janeiro 14, 2006

Campanha Eleitoral II

"ESCOLA DO ADRO

A malta que vinha à escola vestia ganga
comia um naco de boroa e uma sardinha
tinha tinta nos dedos e às vezes tinha
na cabeça uma doença chamada tinha.
Cheirava a fumo e a poeira dos caminhos
a minha avó dizia que era a raposinho
mas era a fumo e a bolor a tinta e a peido
um cheiro que já não há porque era o cheiro
do muito pouco em mil novecentos e quarenta e três
quando os automóveis andavam a gasogéneo
e aquela malta que vinha à escola
não tinha sapatos tinha chancas
às vezes tamancos e às vezes só pés.

Quando era Junho ou Julho aquela malta
depois da escola vinha para o rio
despia-se em frente das lavadeiras
«ai os grandes sacanas que já pintam»
diziam elas e riam-se e aquela malta
atirava torrões para cima da roupa branca
estendida a corar no areal.

Todas as manhãs se fazia a saudação fascista
mal o professor virava costas
começavam os manguitos e as caretas
daquela malta que não gostava de estender o braço
e punha a língua de fora para os retratos
de Carmona e Salazar na parede ao fundo.

Aquela malta que vinha à escola
não era malta para ser domada.
Talvez por isso o jeito que me ficou
de fazer manguitos pela vida fora."
Manuel Alegre
Rua de Baixo, 1990

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Desabafo de ordem pessoal

Que eu não sou de invejas, e aliás acho que esse é o sentimento mais negativo que pode existir. Não é isso.

Mas parece que ultimamente à minha volta só oiço falar em casas que se venderam num ápice, escrituras e mudanças, e por muito que tenha andado a combater este sentimento nos últimos tempos, hoje sinto-me um bocado invadida pelo chamado desespero. Estou há sete meses com a minha casa à venda e nem uma única alma apareceu até aos dias de hoje para a ver, quanto mais para a comprar.

Tenho a sensação que vou ficar enclausurada naquelas quatro paredes para todo o sempre e que nunca mais nos dias da minha vida vou conseguir sair daquele lugar que não tem nada a ver comigo...

Que merda.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Campanha Eleitoral I













"Que ninguém fale de prudência ninguém fale
de esperar. Há palavras que estão gastas (que me gastam)
Ponderação me pedem. Exigem que me cale
mas bebem do meu vinho meus campos devastam
à resignação chamam virtude juventude à indignação
com seus conselhos me enfastiam com seus prémios me castigam.
Se digo não me dizem sim se digo sim me dizem não
calar-me é doloroso mais ainda me é falar
pois o silêncio é uma traição mas há palavras que me gastam
há um falar que não é dizer há um tempo que se gasta.
Ah não me peçam para esperar que de esperar
eu desespero e a esperança já não basta
que já não posso já não posso suportar
nem os velhos que me falam da virtude
nem os novos que começam a ser velhos.
E se a revolta (dizem) é juventude
eu vos digo que há um tempo de acabar
com este tempo que se gasta e que nos gasta.
Altas são as montanhas. E as águas do mar são vastas.
Partir ou não partir. De qualquer modo ousar.
Pois o tempo é de agir. E as palavras estão gastas."
Manuel Alegre
Um Barco para Ítaca, 1971

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Há algo de ursa dentro de mim

De outro modo como é que se explica que eu tenha dormido quase nove horas a noite passada, e mesmo assim esteja aqui com um sono, mas um sono...

... que a bem dizer, todas as minhas forças se esvaem no simples esforço de manter os olhos abertos.

Deve ser do frio. E a minha costela de ursa está a pedir-me para hibernar...

Presidenciais

Assino por baixo tudo o que diz o Ruca, aqui.

Eu nem ando a pensar muito nestas eleições. É tão óbvio o que vai acontecer que nem vale a pena. Ai Portugal, Portugal...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Gentemuitaespertasimsenhor

Fui eu há uns dias atrás muito lampeira ao Millenium BCP tirar cheques da máquina, facilidade até positiva, que a malta escusa de andar a pedir ao balcão, e mais não sei quê. Qual não é o meu espanto quando a máquina se recusa a vomitar os cheques como é costume, e sem me dizer sequer o porquê da coisa. Lá fui eu ao balcão, já a pensar que tinha feito porcaria e ainda tinha menos dinheiro do que pensava que tinha, perguntar porque estava eu assim excluída do maravilhoso mundo dos cheques impressos na máquina.

E diz-me a menina, ah e tal, só com um saldo superior a 200,00 € é que pode tirar cheques na máquina! E eu fiquei a pensar nisto.

Hoje lá fui eu outra vez, a dita cuja conta entretanto aprovisionada com um saldo que fez de mim, novamente, uma pessoa de confiança ao olhos daqueles senhores. Pelo sim pelo não, em vez de fazer cinco cheques fiz dez.

E pergunto eu, o que é que aquelas alimárias que inventaram esta medida, ganham com isto? Pessoas inteligentes à brava, sim senhor. A ver se encontro algum que me explique o que é que me impede agora, com os cheques na mão, de os passar ultrapassando o saldo da conta que lá está!

Que garantias lhes dá o facto de, no momento em que são emitidos os cheques, a conta ter mais de 200,00 €? É que ainda hoje posso ir lá buscar o dinheiro todo e ficar com a conta a zeros, entretanto a máquina já não vem a correr atrás de mim a exigir os cheques de volta! Acho eu, não sei... Vai na volta...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Contenção

Orçamental
O mês de Janeiro é uma desgrça. Até ao próximo ordenado, não há livros nem discos, não há trapos, não há cinemas nem teatros, nem bugigangas. Únicas despesas permitidas: cafés, pequenos-almoços, almoços, combustível, compras de supermercado, e estas últimas também com muito cuidadinho.

Calórica
O mês de Dezembro foi uma desgraça. Até novas ordens, não há chocolates, bonbons, frutos secos, não há cá sobremesas a torto e a direito, nem bolos disto ou daquilo. Acabou-se. Finito. The end. Pãozinho e leitinho, iogurte magro e frutinha. Cozidos e grelhados. Bolachinhas integrais.

(Post escrito numa tentativa desesperada de ignorar caixa de After Eight com recheio de Irish Cream situada mesmo em frente ao meu campo de visão, trazida por colega especialista em boicotar resoluções firmes e inabaláveis, como obviamente são as minhas.)

PS: Caixa de After Eight também conhece a cantiga do Abrunhosa.

PS2: Por acaso provei destes After Eight no outro dia. São bons. Também há com creme de laranja e de limão. E há uns de chocolate branco, mas eu de chocolate branco não gosto muito. Estes por acaso são bons. Hum.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Ataque de pieguice romântica

"They say that all poets must have an unrequited love
As all lovers must have thought provoking fears

But holding on to you means letting go of pain
Means letting go of tears
Means letting go of the rain
Holding on to you
Means letting sorrows heal
Means letting go of what's not real
Holding on to you"
Holding on to you
Terence Trent d'Arby
in Vibrator

Não é costume, mas de vez em quando também me dá. Daqui a bocadinho já passa.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

O problema...

... Já nem são as quantidades obscenas de calorias que foram ingeridas nos últimos dois fins-de-semana.

O problema é o bolo de bolacha, a tarte de natas, o bolo-rei, os Raffaellos e os Món Chéri que continuam lá por casa a cantarem todos a cantiga do Abrunhosa:

"Eu, estou aqui
E eu, estou aqui"

É de tal maneira que eu ainda nem fui para casa e já estou daqui a ouvi-los cantar... Não dá. Prevejo medidas radicais anti-engorda para muito breve.

domingo, janeiro 01, 2006

Doze passas

Tenho andado para escrever aqui qualquer coisa sobre o ano novo. Resoluções impossíveis de concretizar, desejos que espero ver cumpridos em 2006, já que em 2005 foi o que se viu, enfim, o costume.

Esta coisa da afirmação dos desejos não deixa de ser curiosa. Eu cá cumpri a tradição, comi as doze passas, guardei uma para a taça, formulei os meus desejos para o firmamento, na esperança de que alguns deles venham a verificar-se. Mas também fiz outra coisa que faço sempre, que é recordar o início deste ano que agora passou. Procurei lembrar-me da pessoa que era e das circunstâncias que me rodeavam, dos desejos que então formulei e quais se cumpriram ou não e porquê, em resumo, o que é que 2005 encontrou quando chegou e o que é que 2006 encontra agora. Está tudo muito diferente, numas coisas pelo melhor, a maior parte felizmente, noutras não tanto, a moeda tem sempre dois lados e temos que saber viver com ambos.

Podia colocar aqui os doze desejos que me passaram pelas passas. Mas convenhamos, o que contribui para um Feliz Ano Novo não é a formlução dos desejos, que essa parte é fácil, as passas são doces e com champanhe até escorregam melhor. O que faz verdadeiramente um Feliz Ano Novo é a força, o ânimo, o empenho, um dia de cada vez, a tornar possível que os desejos se realizem. Alguns, às vezes.

Deixemo-nos de sebastianismos. Em vez de entregar tudo às passas, ficam aqui estas doze ideias, retiradas deste livro:

"Se fazes girar uma hélice
por meio de compressão
não te surpreendas
quando o motor começa a trabalhar."


"Compra segurança em vez de felicidade
e será esse o preço a pagar."

"Não há problema em fazer coisas vulgares
Desde que não te sintas vulgar."


"É um processo lento,
mudar de princípios,
e nunca saberás que eles mudaram
até que alguma coisa que era certa
para ti
simplesmente deixe de o ser."


"Aprendes mais
quando jogas contra um adversário
que te pode derrotar."


"Se queres conhecer alguém
que resolva as situações que te desagradam,
que possa trazer-te felicidade
apesar do que os outros dizem ou acreditam,
olha-te ao espelho e diz esta palavra mágica:
«Olá.»"


"A melhor maneira de evitar
a responsabilidade é dizer:
«Tenho responsabilidades.»"

"Evita problemas
e nunca serás aquele que os resolveu."

"Quando aprenderás
a esperar o que não podes imaginar
que vai acontecer?"


"Nunca te é dado um desejo
sem também te ser dado o poder
de o realizares.
Contudo, poderás ter de lutar por isso."


"Um modo de escolher um futuro é acreditar
que é inevitável."


"A fim de viveres livre e feliz
tens de sacrificar o tédio.
E isso nem sempre é um sacrifício
simples."


Feliz Ano Novo. Um dia de cada vez.