Às vezes vêm ter comigo e pedem-me isto. Sinal de confiança e de respeito que me valoriza, sem dúvida, mas que traz também consigo a responsabilidade, essa coisa que se instala nos nossos ombros com todo o seu peso, e que nem sequer se pode sacudir assim sem mais nem menos, porque se o fizermos, é vê-la a cair e a magoar os que estão à nossa volta a pedir, ajude-me, diga-me o que fazer.
E quando não há resposta para esta pergunta? E quando a única maneira de se ser responsável
é dizer honestamente, não sei, está por sua conta. Esse peso, não o posso carregar eu.
E que posso eu fazer quando me calha a mim formular esta mesma pergunta? A quem é que eu peço ajuda, quando não sei o que fazer?
Quanto mais se sobe até ao cume da montanha, menos oxigénio existe para se respirar à vontade.
3 comentários:
Eia «muléri» adorei o texto...
Não é que tenha percebido o significado do mesmo (percebi a parte semantica) mas adorei essencialmente porque é muito bom saber que não sou a unica com crises de identidade e do que vou fazer e que quando fica assim so consegue ainda confudir o resto todo...
ABENÇOADA SEJAS!!!
BEIJOS
PS - (e agora mais a serio), espero que consigas encontrar uma garrafa com oxigenio com ar suficiente para te conseguires orientar até te adaptares ao ar rarefeito do cume da montanha
Pois é, cabe-me a mim a partilha, e assim, cá estão mais dois ombros, já que desta vez realmente a carga não é pequena...
Agora que sei do que estás a falar... preferia não saber...
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