Nada como uma boa barracada para a gente se rir.
Mas tenho que deixar aqui assinalada uma coisa: é que a minha irmã tinha uma ideia genial para este programa.
Na opinião dela, "o vencedor deveria ser aquele a quem aparecesse primeiro a menstruação".
E eu, tudo bem.
sexta-feira, setembro 30, 2005
A vida é bela
No outro dia regressei a casa de autocarro com a minha sobrinha, de 16 anos, e uma amiga dela. Voltavam da escola, encontrámo-nos por acaso. Vinham às gargalhadas por causa de uma coisa qualquer. Porque o não sei quem veio-me falar, e riam-se, porque a professora de coiso e tal é uma ganda maluca, sabes que ela hoje, e riam-se, porque não sei como estou a perceber aquela matéria, e eu não estou a perceber nada, e riam-se.
Amanhã faço anos, vamos jantar, é de noite, tens que vir, para a semana há a Feira, temos que ir, não sei porquê os meus colegas só falam em sexo, as conversas todas, todas, dão sempre em sexo. E riam-se.
Elas e os outros todos, era ensurdecedor o chinfrim naquele autocarro. Ficam vermelhas, falam aos atropelos, riem até lhes faltar o ar. Andam ébrias com tanto deslumbramento pela vida. Estão imparáveis. São tão lindas!...
quinta-feira, setembro 29, 2005
Já tenho o dia estragado
Não é possível. Eu não percebo nada de carros. Mas um carro que muda o óleo em Fevereiro (o que já fora estranho, que a mudança anterior tinha sido em Junho do ano anterior), chega ao dia de hoje em acusa falta de óleo outra vez?... Sete meses?...
Isto não é normal... Não é não... Tou lixada...
Quando, mas quando é que eu comprarei um carro que não me dê chatices?... Mais valia ter comprado outro Renault Clio, chatices por chatices tinha empatado menos dinheiro. Merda!...
(crise existencial)
Isto não é normal... Não é não... Tou lixada...
Quando, mas quando é que eu comprarei um carro que não me dê chatices?... Mais valia ter comprado outro Renault Clio, chatices por chatices tinha empatado menos dinheiro. Merda!...
(crise existencial)
quarta-feira, setembro 28, 2005
Era o vinho que eu mais adorava
Reguengo de Melgaço 2004, Vinho Verde Alvarinho
Quinta do Crasto 2001 Douro Reserva
Quinta do Ventozelo 2000 Douro
Taylor Fladgate 2000 Porto Quinta de Vargellas Vinha Velha
Por acaso, nunca provei nenhum... Mas gostava. Faço ideia os preços! Em qualquer dos casos, parabéns aos premiados!
Quinta do Crasto 2001 Douro Reserva
Quinta do Ventozelo 2000 Douro
Taylor Fladgate 2000 Porto Quinta de Vargellas Vinha Velha
Por acaso, nunca provei nenhum... Mas gostava. Faço ideia os preços! Em qualquer dos casos, parabéns aos premiados!
segunda-feira, setembro 26, 2005
Tá mal!!...
Quer-se dizer. Os meus colegas da Informática são uns chatos. Receio que tenha de falar com eles muito a sério sobre os seus critérios para bloquear o acesso a uns sites e a outros não.
Ora, se do computador do meu serviço eu consigo entrar aqui (sempre às horas de almoço, claro!), que raio de puritanismo cretino é que bloqueia o acesso a este aqui, que ainda por cima a ligação a carvão que tenho em casa não me deixa abrir...
Das duas uma: ou os colegas da informática não gostam de cuecas e soutiens, ou então não estão atentos a algumas marcas de roupa feminina de grande qualidade. Tá mal, pois claro que tá mal...
PS: Este post era para ter uma linda foto de um casaco bem giro. Só que hoje o blogger recusa-se a colaborar. Também deve estar armado em puritano...
PS2: Como sou uma gaja muita teimosa, lá consegui mostrar o lindo casaco, que por sinal custa 250,00 €, cinquenta contos, portantos.
sexta-feira, setembro 23, 2005
Não, eu não tenho nada a dizer sobre o caso Fátima Felgueiras
... porque nem para dar a minha opinião me apetece pensar que isto está a acontecer.
Para me esquecer disto, vou trauteando a linda canção do Pedro Abrunhosa:
"E eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui
E eu estou aqui
Eu estou aqui..."
Acho que agora era a altura dos restantes Portugueses estarem noutro lado qualquer... Tipo, no Brasil, bute todos para lá! Também temos direito, não?...
Ai! Bolas, que afinal sempre disse qualquer coisa! Raios!...
Para me esquecer disto, vou trauteando a linda canção do Pedro Abrunhosa:
"E eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui
E eu estou aqui
Eu estou aqui..."
Acho que agora era a altura dos restantes Portugueses estarem noutro lado qualquer... Tipo, no Brasil, bute todos para lá! Também temos direito, não?...
Ai! Bolas, que afinal sempre disse qualquer coisa! Raios!...
quarta-feira, setembro 21, 2005
Ah! Fazer exercício era tão positivo!...
Se, de todas as vezes que levo o saco da natação a passear de carro, conseguisse depois chegar à piscina ao fim do dia, quem sabe, talvez estivesse já livre destes quatro quilos a mais, tanto que eu gostava de um dia os ver partir...
(suspiro de frustração)
(suspiro de frustração)
terça-feira, setembro 20, 2005
Demasiadas coisas nas mãos
Casaco. Pasta A4 com documentos. Porta-moedas. Garrafa de água. Telemóvel. Bilhete do comboio. Bilhete do comboio?... Onde é que está o bilhete do comboio?!...
Só mesmo eu para entrar no comboio em Entrecampos, descobrir no Areeiro que estou a viajar sem bilhete, andar a fugir ao pica para ver se ao menos consigo chegar ao Oriente, sair, comprar outro bilhete, e esperar meia-hora pelo próximo comboio!
Eu palavra de honra, às vezes não tenho pachorra para me aturar!...
Só mesmo eu para entrar no comboio em Entrecampos, descobrir no Areeiro que estou a viajar sem bilhete, andar a fugir ao pica para ver se ao menos consigo chegar ao Oriente, sair, comprar outro bilhete, e esperar meia-hora pelo próximo comboio!
Eu palavra de honra, às vezes não tenho pachorra para me aturar!...
sábado, setembro 17, 2005
Bolero do coronel sensível que fez amor em monsanto
Ouvi dizer há dias atrás que uma banda recém-criada (nem sei quem são) fez uma versão deste tema do Vitorino. Já conheço a canção aos anos, mas por acaso não sabia que a letra era do António Lobo Antunes.
Aqui fica ela, que quem não conhece isto não merece o ar que respira:
"Bolero Do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto
Eu que me comovo
por tudo e por nada
deixei-te parada
na berma da estrada
usei o teu corpo
paguei o teu preço
esqueci o teu nome
limpei-me com o lenço
olhei-te a cintura
de pé no alcatrão
levantei-te as saias
deitei-te no banco
num bosque de faias
de mala na mão
nem sequer falaste
nem sequer beijaste
nem sequer gemeste
quinhentos escudos
foi o que disseste
tinhas quinze anos
dezasseis, dezassete
cheiravas a mato
à sopa dos pobres
a infância sem quarto
a suor a chiclete
saíste do carro
alisando a blusa
espiei da janela
rosto de aguarela
coxa em semifusa
soltei o travão
voltei para casa
de chaves na mão
sobrancelha em asa
disse: fiz serão
ao filho e à mulher
repeti a fruta
acabei a ceia
larguei o talher
estendi-me na cama
de ouvido à escuta
e perna cruzada
que de olhos em chama
só tinha na ideia
teu corpo parado
na berma da estrada
eu que me comovo
por tudo e por nada."
Da nova versão desta tal banda não sei nada. Mas isto cantado pelo Vitorino é do caraças. Se puderem vão ouvir. Está editado num álbum chamado "As Mais Bonitas".
Aqui fica ela, que quem não conhece isto não merece o ar que respira:
"Bolero Do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto
Eu que me comovo
por tudo e por nada
deixei-te parada
na berma da estrada
usei o teu corpo
paguei o teu preço
esqueci o teu nome
limpei-me com o lenço
olhei-te a cintura
de pé no alcatrão
levantei-te as saias
deitei-te no banco
num bosque de faias
de mala na mão
nem sequer falaste
nem sequer beijaste
nem sequer gemeste
quinhentos escudos
foi o que disseste
tinhas quinze anos
dezasseis, dezassete
cheiravas a mato
à sopa dos pobres
a infância sem quarto
a suor a chiclete
saíste do carro
alisando a blusa
espiei da janela
rosto de aguarela
coxa em semifusa
soltei o travão
voltei para casa
de chaves na mão
sobrancelha em asa
disse: fiz serão
ao filho e à mulher
repeti a fruta
acabei a ceia
larguei o talher
estendi-me na cama
de ouvido à escuta
e perna cruzada
que de olhos em chama
só tinha na ideia
teu corpo parado
na berma da estrada
eu que me comovo
por tudo e por nada."
Da nova versão desta tal banda não sei nada. Mas isto cantado pelo Vitorino é do caraças. Se puderem vão ouvir. Está editado num álbum chamado "As Mais Bonitas".
sexta-feira, setembro 16, 2005
É impossível...
... trabalhar hoje. Vou só ficar aqui sentadinha, à espera para atender o próximo telefone.
Ops!, lá está! Aqui vou eu...
PS: O que é giro é que 90% dos telefonemas são a perguntar por coisas que só não estão feitas porque está tudo ocupado a... atender telefones!
Ops!, lá está! Aqui vou eu...
PS: O que é giro é que 90% dos telefonemas são a perguntar por coisas que só não estão feitas porque está tudo ocupado a... atender telefones!
quarta-feira, setembro 14, 2005
Emancipação
Quando casou ia virgem.
Hoje em dia mantém apenas uma união sem factos, e um dia-a-dia feito a pensar nos outros. Vive num lugar que entende a infelicidade e a abnegação como coisa natural e própria da condição feminina. Aos olhos dos que a rodeiam tem um bom marido. Tem trabalhado toda a vida pela família e vem sempre dormir a casa.
Não interessa que regresse sempre bêbado. Não interessa que não a acompanhe em nada. Que a envergonhe. Não interessa.
E a bem da verdade, também já nada disso lhe interessa, essa ferida há muito tempo que secou. Muito gostava ela de o ver pelas costas. Mas ele ali está, estendido no sofá da sala da casa que o pai e a mãe lhe deram. Na casa que é dela, mas que ele não deixa, se calhar porque não tem para onde ir.
As filhas estão criadas, bem casadas, deseja-lhes melhor sorte que a sua. Em momentos de desespero chegou a dizer que, no dia em que visse as duas fora de casa, sairia ela de seguida. Mas a casa é dela. A mãe ainda lá mora. E ela ainda não teve coragem de bater com a porta.
Está apaixonada. Um amor duplamente pecaminoso, que os compadres são o mesmo que família. Com mais de quarenta anos de idade, descobriu-se em prazeres que o marido nunca lhe soube proporcionar, na pressa de alcançar o seu próprio. Descobriu o afecto. O encanto. O cuidado. Este homem está disposto a tudo por ela, tudo. Excepto esperar para sempre.
A vida não pára. Não decidir é uma decisão também, e não há decisões sem consequências. Ela sabe. Sabe que se sair por aquela porta terá todo o seu mundo a apontar-lhe o dedo, começando pela mãe, com quem provavelmente não trocará mais nenhuma palavra até ao fim da vida. E também sabe que se ficar onde está, um dia destes não há ninguém à sua espera do lado de fora.
O cão veio cheirá-la, estranhando vê-la imóvel por tanto tempo. Levantou-se, são horas de fazer o jantar. Ouviu o vento lá fora a soprar.
Com a força do vento, o portão da rua não parava de bater.
Hoje em dia mantém apenas uma união sem factos, e um dia-a-dia feito a pensar nos outros. Vive num lugar que entende a infelicidade e a abnegação como coisa natural e própria da condição feminina. Aos olhos dos que a rodeiam tem um bom marido. Tem trabalhado toda a vida pela família e vem sempre dormir a casa.
Não interessa que regresse sempre bêbado. Não interessa que não a acompanhe em nada. Que a envergonhe. Não interessa.
E a bem da verdade, também já nada disso lhe interessa, essa ferida há muito tempo que secou. Muito gostava ela de o ver pelas costas. Mas ele ali está, estendido no sofá da sala da casa que o pai e a mãe lhe deram. Na casa que é dela, mas que ele não deixa, se calhar porque não tem para onde ir.
As filhas estão criadas, bem casadas, deseja-lhes melhor sorte que a sua. Em momentos de desespero chegou a dizer que, no dia em que visse as duas fora de casa, sairia ela de seguida. Mas a casa é dela. A mãe ainda lá mora. E ela ainda não teve coragem de bater com a porta.
Está apaixonada. Um amor duplamente pecaminoso, que os compadres são o mesmo que família. Com mais de quarenta anos de idade, descobriu-se em prazeres que o marido nunca lhe soube proporcionar, na pressa de alcançar o seu próprio. Descobriu o afecto. O encanto. O cuidado. Este homem está disposto a tudo por ela, tudo. Excepto esperar para sempre.
A vida não pára. Não decidir é uma decisão também, e não há decisões sem consequências. Ela sabe. Sabe que se sair por aquela porta terá todo o seu mundo a apontar-lhe o dedo, começando pela mãe, com quem provavelmente não trocará mais nenhuma palavra até ao fim da vida. E também sabe que se ficar onde está, um dia destes não há ninguém à sua espera do lado de fora.
O cão veio cheirá-la, estranhando vê-la imóvel por tanto tempo. Levantou-se, são horas de fazer o jantar. Ouviu o vento lá fora a soprar.
Com a força do vento, o portão da rua não parava de bater.
terça-feira, setembro 13, 2005
Rentrée
É preciso telefonar.
É preciso retomar aquilo que ficou parado à minha espera.
É preciso ir à reunião amanhã.
É preciso atender os telefones que tocam todos ao mesmo tempo.
É preciso concentração e motivação, que as férias já lá vão.
... Era preciso que eu tivesse dormido melhor esta noite...
É preciso retomar aquilo que ficou parado à minha espera.
É preciso ir à reunião amanhã.
É preciso atender os telefones que tocam todos ao mesmo tempo.
É preciso concentração e motivação, que as férias já lá vão.
... Era preciso que eu tivesse dormido melhor esta noite...
sábado, setembro 10, 2005
De volta
Acabaram as férias, que foram bem boas. A lanzeira foi tão grande, mas tão grande, que pasmem as almas, venho com vontade de cozinhar! Muito estranho.
E estou com um bronzeado bem jeitoso. Não há dúvida, uns dias à beira-mar fazem mesmo bem à pele...
E estou com um bronzeado bem jeitoso. Não há dúvida, uns dias à beira-mar fazem mesmo bem à pele...
sexta-feira, setembro 02, 2005
Improbabilidades de 2005
No início deste ano, quem haveria de dizer...
Que o PS conseguia finalmente a maioria absoluta que tanto desejava?
Que chegávamos a Setembro e continuava sem chover?
Que afinal ainda havia floresta em Portugal com fartura para arder durante o Verão?
Que nas próximas eleições autárquias iríamos ter tanta bailarina a dançar à nossa volta?
Que uma coisa chamada Katrina iria deixar New Orleans parecida com a Ásia, depois do Tsunami?
Que o Mário Soares, qual pilha duracell, se iria candidatar outra vez à Presidência da República?
Que eu estaria hoje de malas aviadas, pronta para ir de férias já amanhã?...
Para o melhor e para o pior, não restam dúvidas: este ano de 2005 tem sido assim uma coisa... não sei, improvável...
Que o PS conseguia finalmente a maioria absoluta que tanto desejava?
Que chegávamos a Setembro e continuava sem chover?
Que afinal ainda havia floresta em Portugal com fartura para arder durante o Verão?
Que nas próximas eleições autárquias iríamos ter tanta bailarina a dançar à nossa volta?
Que uma coisa chamada Katrina iria deixar New Orleans parecida com a Ásia, depois do Tsunami?
Que o Mário Soares, qual pilha duracell, se iria candidatar outra vez à Presidência da República?
Que eu estaria hoje de malas aviadas, pronta para ir de férias já amanhã?...
Para o melhor e para o pior, não restam dúvidas: este ano de 2005 tem sido assim uma coisa... não sei, improvável...
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