quarta-feira, janeiro 18, 2006

O meu estômago

É uma espécie de trituradora. Uma besta faminta cuja única preocupação é estar cheio, não importa com o quê. Logo, não se pode contar com ele. Nada de avisos, tipo, cuidado que isso que estás a comer não está bom, ou, recuso-me a digerir essa misturada de coisas. Nada disso. Amassa-se tudo, empurra-se pelo cano abaixo, e segue jogo.

Os intestinos são enfim os desgraçados que apanham sempre por conta. E mais uma vez, sem que o meu estômago ou papilas gustativas tenham emitido sequer um ínfimo sinal de alarme, estou agora a braços com um autêntico incêndio nas minhas entranhas, umas punhaladas filhas-da-puta que me forçam a dobrar-me sobre mim mesma e que aparecem sem aviso, e uns instestinos em tumulto, revoltados contra a inércia do estômago, e dizendo que assim não têm condições de fazer bem o seu trabalho.

Vou tomar uma Ultra-Levure, pode ser que isto passe. Ironia das ironias, quando eu comia fritos a torto e a direito, estas coisas aconteciam-me menos...

2 comentários:

Bart Simpson disse...

não te zangues comigo, mas a PDI deve ter as suas influências...

Anónimo disse...

Oh minha querida, quem criou o hábito à tua máquina a só funcionar com gasolina sem chumbo, foste tu.
Agora, queres dar-lhe umas coisas mais maradas e a máquina acusa, azar.
Um bocadito de porcaria de quando em vez, para a máquina não se esquecer, talvez seja a solução.
AH AH :-)