Aqui há uns dias atrás terminei de ler os Cem Anos de Solidão. E pensei em vir aqui em acto de contrição, declarar-me uma reles ameba literária que devia mas era estar quieta e não escrever uma porcaria de uma linha que fosse, e quando muito, castigar a minha presunção de escrever alguma coisa de jeito, deitando ao fogo cada uma das minhas tristes histórias à medida que as escrevesse. Isto porque me sinto sempre, enquanto presumida a escritora, muitapequenina defronte de Gabriel Garcia Márquez, daquele poder de imaginação, daquela mestria no domínio das palavras, dos sentimentos, do que existe e não existe.
Logo a seguir, apareceu esta coisa. E aquelas histórias, tão bem guardadas nos meus documentos, confortavelmente instaladas em pasta intitulada "textos originais", começaram a falar, as parvas. A insultarem-me, ainda por cima. A dizerem que sou uma ganda estúpida, uma lesma inútil que nem para ir aos Restauradores registá-las como minhas sou capaz de mexer um dedo. Que podem ser umas tristes amostras de aventuras literárias, mas ao menos estão de acordo com a pasta onde se encontram guardadas, são textos originais. Os meus textos originais.
Mereciam que eu lutasse mais por eles? Eh pá, se calhar sim, se calhar não. Podia andar com eles debaixo do braço e bater a umas portas? Podia, realmente. Mas bem vistas as coisas, aquilo que eu tenho são uns textos mais ou menos, que contam umas histórias assim assim, e a mim ninguém me conhece de lado nenhum.
Querem lá bem saber que sejam mesmo textos originais, mas mesmo mesmo. A triste verdade é que não me chamo Miguel Sousa Tavares ou outro qualquer nome sonante, nunca fui a nenhum reality show, nunca sequer apareci na televisão, não canto nem sou actriz, nem taróloga, nem coisa nenhuma. Portanto não há lugar para mim no mundo da literatura portuguesa...
Adenda: Que isto do Miguel Sousa Tavares transformou-se numa novela cibernauta. Vejam só este, mais este, este outro, e este ainda. Amanhã não se sabe quantos mais terão nascido...
quarta-feira, outubro 25, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
Collants, essa grande chatice
Por conta deles é que eu acabo sempre por passar a maior parte do Inverno de calças. Não gosto de collants, e hoje tive que me render às evidências, calcei uns para passar o dia todo arrependida.
Sim, há homens que vivem com o martírio das gravatas e dos nós das ditas, mas meus amigos, convenhamos. Nada bate a irritação de uns collants a escorregarem pelas pernas abaixo, a repuxarem no meio das pernas de todas as vezes que se dá um passo... E o que é que acontece depois de uns tantos puxões a tentar "encaixá-los" no sítio? Rompem-se, claro está. Abrem malhas de cima a baixo, e deixam-nos com um certo ar de puta velha, do mais decadente que há.
E nem me venham com a conversa do ah e tal, o barato sai caro. Nada disso. Se há coisa em que a qualidade e o preço não andam a par é no caso das collants. Já empatei muito dinheirinho em meias da DIM que nem chegaram a ver a rua. Da primeira vez que as calcei romperam-se. E nem queiram saber como fica o meu humor para o resto do dia quando tento vestir-me e isto me acontece...
Mal por mal, nada como as collants marca "Alba". Vendem-se na loja dos chineses, umas caixinhas às riscas azuis e brancas, tamanho único, acho que dois pares custam 2,50€.
E agora deixa-me ir ali num instante à casa-de-banho, pôr as meias no sítio pela enésima vez, ainda o dia vai a meio...
Sim, há homens que vivem com o martírio das gravatas e dos nós das ditas, mas meus amigos, convenhamos. Nada bate a irritação de uns collants a escorregarem pelas pernas abaixo, a repuxarem no meio das pernas de todas as vezes que se dá um passo... E o que é que acontece depois de uns tantos puxões a tentar "encaixá-los" no sítio? Rompem-se, claro está. Abrem malhas de cima a baixo, e deixam-nos com um certo ar de puta velha, do mais decadente que há.
E nem me venham com a conversa do ah e tal, o barato sai caro. Nada disso. Se há coisa em que a qualidade e o preço não andam a par é no caso das collants. Já empatei muito dinheirinho em meias da DIM que nem chegaram a ver a rua. Da primeira vez que as calcei romperam-se. E nem queiram saber como fica o meu humor para o resto do dia quando tento vestir-me e isto me acontece...
Mal por mal, nada como as collants marca "Alba". Vendem-se na loja dos chineses, umas caixinhas às riscas azuis e brancas, tamanho único, acho que dois pares custam 2,50€.
E agora deixa-me ir ali num instante à casa-de-banho, pôr as meias no sítio pela enésima vez, ainda o dia vai a meio...
segunda-feira, outubro 23, 2006
Tomem lá, seus despeitados!
Que isto enfim, tivesse eu mais 20 centímetros, menos dez quilos, se pintasse o cabelo de preto, mandasse endireitar o nariz e eliminar a miopia, se me livrasse do acne e das varizes, se fosse actriz em Hollywood com dinheiro a rodos para comprar os melhores cremes, a melhor maquilhagem, as melhores roupas... assim também eu, assim também eu!...
sexta-feira, outubro 20, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
Músicas para sonhar
Já não é a primeira vez que me acontece. Hoje de manhã, quando comecei a ouvir no rádio a música do Tom Sawyer, começaram a agitar-se uma montanha de emoções e recordações, e admito, à medida que cantarolava a coisa caiu uma lágrimazita ou outra.
Eu adorava ver o Tom Sawyer. Mas o que me deixou mais emocionada esta manhã nem foi isso. É este fenómeno incrível de ouvirmos os primeiros acordes de uma música que nos diz algo, e imediatamente, abrir-se uma qualquer portinhola que dá para a cave das memórias mais antigas. E como essas memórias aparecem frescas e nítidas, como se tivessem estado a acompanhar-nos todos os dias... O embate é brutal, agita-nos as entranhas, e daí as lágrimas.
De repente vi com toda a clareza uma manhã de há quinhentos anos atrás, a minha mãe a voltar das compras com um livro para eu ler. Era o Tom Sawyer, e nem sei dizer o que foi que veio primeiro, os desenhos-animados ou o livro.
Um livro novo era sempre a melhor prenda que me poderiam dar. Nesse aspecto da minha educação sinto-me privilegiada. Nenhum dos meus pais foi além da instrução primária, mas sempre alimentaram esta minha paixão pelos livros. Naquele dia, a minha mãe comprou o Tom Sawyer sem qualquer critério, apenas porque sim. E foi a maior das alegrias.
Apenas uns poucos segundos de música. Mas hoje fez efeito, meu caro amigo. Um efeito do catano!...
Eu adorava ver o Tom Sawyer. Mas o que me deixou mais emocionada esta manhã nem foi isso. É este fenómeno incrível de ouvirmos os primeiros acordes de uma música que nos diz algo, e imediatamente, abrir-se uma qualquer portinhola que dá para a cave das memórias mais antigas. E como essas memórias aparecem frescas e nítidas, como se tivessem estado a acompanhar-nos todos os dias... O embate é brutal, agita-nos as entranhas, e daí as lágrimas.
De repente vi com toda a clareza uma manhã de há quinhentos anos atrás, a minha mãe a voltar das compras com um livro para eu ler. Era o Tom Sawyer, e nem sei dizer o que foi que veio primeiro, os desenhos-animados ou o livro.
Um livro novo era sempre a melhor prenda que me poderiam dar. Nesse aspecto da minha educação sinto-me privilegiada. Nenhum dos meus pais foi além da instrução primária, mas sempre alimentaram esta minha paixão pelos livros. Naquele dia, a minha mãe comprou o Tom Sawyer sem qualquer critério, apenas porque sim. E foi a maior das alegrias.
Apenas uns poucos segundos de música. Mas hoje fez efeito, meu caro amigo. Um efeito do catano!...
quinta-feira, outubro 12, 2006
Não há lugar para estacionar
É de propósito. É que só pode ser. Ou então é um qualquer defeito genético, porque quando vai um qualquer ele a conduzir, isto nunca acontece.
Eu vou de carro seja para onde for, e vou à procura de estacionamento o mais perto possível, como é habitual. Sim. Admito que muitas vezes desprezo lugares mesmo bons, mas que são só um lugar, e as minhas parcas capacidades de manobra do veículo obrigam-me a ir estacionar mais longe. Costumo dizer que quando é para estacionar a direito, preciso sempre de lugar e meio. E isto se for para estacionar à direita. Se for à esquerda então, boa noite. Não quero saber. Reclama as tuas limitações porque elas pertencem-te, é frase do mais sábio que alguma vez ouvi.
E a questão não é essa, a questão é outra coisa que me está sempre, mas mesmo sempre, a acontecer. É eu passar num sítio qualquer onde quero estacionar, não há lugares, mesmo nenhuns, e vou dar uma volta do catano e deixo o carro a cascos. E depois venho a pé. E nessa algura é que eles estão à vista, aos dois lugares livres que nem era preciso fazer manobra, lugares em espinha, lugares, lugares, todos pertíssimo do sítio para onde vou, todos livres no espaço de minutos a seguir a eu ter passado por eles, ali mesmo à mão de semear, claramente a gozarem com a minha cara!...
Ah e tal, dar mais outra volta? Não adianta. Vai acontecer sempre o mesmo. Eu passo, não há lugares. Dou mais outra volta, não há lugares. Eu estaciono a quilómetros, e assim que saio do carro, os lugares começam a aparecer. É Karma. As mulheres sofrem muito.
Eu vou de carro seja para onde for, e vou à procura de estacionamento o mais perto possível, como é habitual. Sim. Admito que muitas vezes desprezo lugares mesmo bons, mas que são só um lugar, e as minhas parcas capacidades de manobra do veículo obrigam-me a ir estacionar mais longe. Costumo dizer que quando é para estacionar a direito, preciso sempre de lugar e meio. E isto se for para estacionar à direita. Se for à esquerda então, boa noite. Não quero saber. Reclama as tuas limitações porque elas pertencem-te, é frase do mais sábio que alguma vez ouvi.
E a questão não é essa, a questão é outra coisa que me está sempre, mas mesmo sempre, a acontecer. É eu passar num sítio qualquer onde quero estacionar, não há lugares, mesmo nenhuns, e vou dar uma volta do catano e deixo o carro a cascos. E depois venho a pé. E nessa algura é que eles estão à vista, aos dois lugares livres que nem era preciso fazer manobra, lugares em espinha, lugares, lugares, todos pertíssimo do sítio para onde vou, todos livres no espaço de minutos a seguir a eu ter passado por eles, ali mesmo à mão de semear, claramente a gozarem com a minha cara!...
Ah e tal, dar mais outra volta? Não adianta. Vai acontecer sempre o mesmo. Eu passo, não há lugares. Dou mais outra volta, não há lugares. Eu estaciono a quilómetros, e assim que saio do carro, os lugares começam a aparecer. É Karma. As mulheres sofrem muito.
quarta-feira, outubro 11, 2006
A minha pobre vagina
Que tantas alegrias me tem dado no passado, continua doente. E como qualquer mulher que se preze precisa de viver com uma vagina em condições, fui ontem com ela à Maternidade Alfredo da Costa, porque se há sítio neste País que perceba de vaginas, é lá de certeza absoluta.
A assim foi. Esperado o tempo regulamentar entrámos as duas no gabinete para a consulta, mas foi preciso alguma presença de espírito para não dar meia-volta e fugir logo no primeiro embate. É que à espera da minha vagina estavam dois pénis acabadinhos de sair da faculdade, de tal maneira novinhos, que de certeza absoluta, já a minha vagina menstruava e aqueles pénis ainda não tinham nascido.
Era evidente para todos naquela sala que aqueles dois pénis inexperientes não tinham arcaboiço para se aguentarem com uma vagina como a minha, nem mesmo com ela boa de saúde, quanto mais cheia de complicações como ela anda. Mas mesmo assim, confiei. Afinal, todos nós já passámos pelo tempo em que as nossas vaginas e os nossos pénis podiam contar apenas com muita informação teórica e pouca ou nenhuma experiência prática. E não há inexperiência que não se possa compensar com entusiasmo, vontade de experimentar coisas novas e é claro, alguma humildade.
Foi o caso. Depois de fazer o relatório de tudo aquilo por que a minha vagina já passou, ambos os pénis abandonaram o gabinete por uns cinco minutos. Estou capaz de apostar que foram ter com alguma vagina mais velha, algum pénis mais rodado, que lhes dissesse o que fazer com a minha pobre vagina. Voltaram de lá com um tratamento bem estruturado, que me deu, pelo menos para já, a esperança de uma recuperação.
Que ao menos haja essa esperança. Já que nos últimos tempos a única coisa boa que resta à minha pobre vagina e ao pobre pénis que tantas noites dorme ao lado dela, é a lembrança de tempos muito mais felizes...
A assim foi. Esperado o tempo regulamentar entrámos as duas no gabinete para a consulta, mas foi preciso alguma presença de espírito para não dar meia-volta e fugir logo no primeiro embate. É que à espera da minha vagina estavam dois pénis acabadinhos de sair da faculdade, de tal maneira novinhos, que de certeza absoluta, já a minha vagina menstruava e aqueles pénis ainda não tinham nascido.
Era evidente para todos naquela sala que aqueles dois pénis inexperientes não tinham arcaboiço para se aguentarem com uma vagina como a minha, nem mesmo com ela boa de saúde, quanto mais cheia de complicações como ela anda. Mas mesmo assim, confiei. Afinal, todos nós já passámos pelo tempo em que as nossas vaginas e os nossos pénis podiam contar apenas com muita informação teórica e pouca ou nenhuma experiência prática. E não há inexperiência que não se possa compensar com entusiasmo, vontade de experimentar coisas novas e é claro, alguma humildade.
Foi o caso. Depois de fazer o relatório de tudo aquilo por que a minha vagina já passou, ambos os pénis abandonaram o gabinete por uns cinco minutos. Estou capaz de apostar que foram ter com alguma vagina mais velha, algum pénis mais rodado, que lhes dissesse o que fazer com a minha pobre vagina. Voltaram de lá com um tratamento bem estruturado, que me deu, pelo menos para já, a esperança de uma recuperação.
Que ao menos haja essa esperança. Já que nos últimos tempos a única coisa boa que resta à minha pobre vagina e ao pobre pénis que tantas noites dorme ao lado dela, é a lembrança de tempos muito mais felizes...
segunda-feira, outubro 09, 2006
Pescadinha de rabo na boca
A flora vaginal é naturalmente ácida. É neste ambiente que se desenvolvem os bacilos Doderlein, essenciais para combater infecções por bactérias e outras porcarias.
Quando se tem uma infecção por bactérias, é preciso tomar antibiótico. Os antibióticos enfraquecem o sistema imunitário.
Quando se toma antibiótico para eliminar as bactérias, o sistema imunitário enfraquece e o organismo fica mais sujeito a infecções por fungos, como a Candida Albicans.
Quando se combate a Candida, altera-se o PH vaginal, porque o fungo não sobrevive em ambiente alcalino.
Quando se eleva o PH vaginal, matam-se os bacilos Doderlein que combatem as infecções por bactérias. As bactérias dão-se bem com ambiente alcalino.
Quando se tem uma infecção por bactérias é preciso tomar antibiótico...
Quando se tem uma infecção por bactérias, é preciso tomar antibiótico. Os antibióticos enfraquecem o sistema imunitário.
Quando se toma antibiótico para eliminar as bactérias, o sistema imunitário enfraquece e o organismo fica mais sujeito a infecções por fungos, como a Candida Albicans.
Quando se combate a Candida, altera-se o PH vaginal, porque o fungo não sobrevive em ambiente alcalino.
Quando se eleva o PH vaginal, matam-se os bacilos Doderlein que combatem as infecções por bactérias. As bactérias dão-se bem com ambiente alcalino.
Quando se tem uma infecção por bactérias é preciso tomar antibiótico...
quarta-feira, outubro 04, 2006
Fecha-se uma porta...
Depois de três épocas de natação completas que tanto bem me fizeram ao corpo e ao espírito, tenho mesmo que decretar uma interrupção dessa prática por período indeterminado.
Mas já que esperei 30 anos para começar a fazer exercício físico com regularidade, deixa cá ver se não perco de vista este bom hábito. Começo hoje com o ginásio. Ginástica localizada, Aeróbica e Step.
Vou um bocado contrariada. Mas o meu inconformismo empurra-me para a frente. E melhores dias virão. Espero.
PS após primeira aula: Habituada ao exercício dentro da piscina, senti-me literalmente um peixe fora de água. Mas estou entusiasmada. Suei que nem uma camela e vim coxa da perna esquerda, é verdade. Mas por outro lado, se eu levar isto direitinho, desconfio que é desta que eu perco os tais três quilos a mais. Se é que hoje em dia são só três, que eu nunca mais fui à balança. Porquê? Porque motivos para andar deprimida já eu tenho de sobra, não preciso de mais esse...
Mas já que esperei 30 anos para começar a fazer exercício físico com regularidade, deixa cá ver se não perco de vista este bom hábito. Começo hoje com o ginásio. Ginástica localizada, Aeróbica e Step.
Vou um bocado contrariada. Mas o meu inconformismo empurra-me para a frente. E melhores dias virão. Espero.
PS após primeira aula: Habituada ao exercício dentro da piscina, senti-me literalmente um peixe fora de água. Mas estou entusiasmada. Suei que nem uma camela e vim coxa da perna esquerda, é verdade. Mas por outro lado, se eu levar isto direitinho, desconfio que é desta que eu perco os tais três quilos a mais. Se é que hoje em dia são só três, que eu nunca mais fui à balança. Porquê? Porque motivos para andar deprimida já eu tenho de sobra, não preciso de mais esse...
segunda-feira, outubro 02, 2006
Crise da Segunda-Feira
Custou-me tanto hoje. Ainda estava meio escuro, e eu levantar-me sem luz do dia é um sacrifício do catano. E pensar em começar outra semana de trabalho, o mesmo trabalho, com as mesmas pessoas e os mesmos problemas eternamente sem solução, acordaram hoje ainda mais pesados do que habitualmente. Tive que recorrer à imagem mental da grua, a vir do tecto até ao nível da cama, a elevar-me em peso até me por de pé, e depois lá me levantei. Mas custou-me tanto.
Há bocado no café, enquanto tomava o pequeno-almoço, vi um garoto de uns quatro anitos aos gritos e a chorar, uma fita de todo o tamanho. A mãe teve que pegar nele ao colo e levá-lo enquanto ele esbraçejava: "NÃO QUEEEEERO! NÃO QUEEEEERO IR PARA A ESCOOOOOLA HOOOOOJE!...".
Privilégio de criança, isto de se poder fazer uma fita. Com mais 30 anos em cima, não me posso dar àquele luxo. Mas estou totalmente solidária com ele. Dentro de mim existe hoje algo dentro de mim que está igualmente aos gritos e a chorar compulsivamente. Humpf...
Há bocado no café, enquanto tomava o pequeno-almoço, vi um garoto de uns quatro anitos aos gritos e a chorar, uma fita de todo o tamanho. A mãe teve que pegar nele ao colo e levá-lo enquanto ele esbraçejava: "NÃO QUEEEEERO! NÃO QUEEEEERO IR PARA A ESCOOOOOLA HOOOOOJE!...".
Privilégio de criança, isto de se poder fazer uma fita. Com mais 30 anos em cima, não me posso dar àquele luxo. Mas estou totalmente solidária com ele. Dentro de mim existe hoje algo dentro de mim que está igualmente aos gritos e a chorar compulsivamente. Humpf...
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