Estive em formação, e daí o silêncio. Durou a semana toda e terminou hoje.
Estas experiências valem sempre a pena, acho eu. Ainda que o tempo de duração seja curto e os assuntos todos tratados pela rama, ainda que as condições sejam precárias, ainda que, ainda que, se a gente não quiser começar logo derrotados, a verdade é que se pode aproveitar sempre alguma coisa.
Por um lado, é a oportunidade de conviver com colegas com quem nunca tenho que trabalhar directamente e por isso só muito por alto sabia o que raio faziam eles. Até conheci algumas que nunca tinha sequer visto. E durante aquela semana não há hierarquias nem divisões ou departamentos, e temos que trabalhar em conjunto e em pé de igualdade. É muito giro.
Depois realmente, quem me quiser ver motivada e contentinha é darem-me coisas novas para aprender. Eu gosto mesmo muito de estudar. E estes períodos em que me recoloco na posição de aprendiz de alguma coisa tornam-se numa espécie de alimento para a alma, um choque vitamínico que me deixa cheia de bons sentimentos, optimismo, esperança.
Modéstias à parte, as apreciações da minha prestação são quase sempre muito positivas. E comprovam aquilo que eu já sinto há muito tempo, que estou pronta para outros voos e só falta a oportunidade acontecer. Dizia a formadora que lhe apetecia, depois daquela formação e doutras, pegar numas tantas pessoas e fazer o papel de caçadora de cabeças, para levar para outros lados. Não me contive. Disse logo, "eh pá, a minha cabeça está à disposição para ser caçada!". Riu-se tudo muito e eu fiquei contente. Como isto nunca se sabe, lá passei a mensagem a mais outra pessoa.
E porque tudo tem o sem valor, e às vezes no pouco é que se encontra o muito, nos momentos de convívio que sempre ocorrem nestas alturas, um colega pode ter-me dado, sem saber, o mote que me andava a faltar para a escrita de um romance. Se eu tiver unhas para isso.
1 comentário:
Dormes em que posição?
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