sexta-feira, outubro 28, 2005

Máscaras

Todos nós as usamos. São assim uma espécie de lente de aumentar, servem para evidenciar alguma coisa que se queira mostrar bem, de tal forma que até pareça maior do que aquilo que é. É muito útil, porque ao mesmo tempo que exaltamos o que queremos mostrar, também nos protegemos, e até escondemos aquilo que temos de menos bom.

Há pessoas que andam sempre mascaradas. Pelo sim pelo não. E assim exibem orgulhosamente a máscara que as torna pessoas de grande virtude, a máscara que evidencia a sua grande inteligência, a máscara que faz delas uma grande simpatia, a máscara que dá provas da sua grande competência, a máscara que as dota de uma grande sensibilidade e de um amor ao próximo – e a Deus – muito, mas mesmo muito grande.

Às vezes caem as máscaras. Quando isso acontece é uma tristeza, porque quase sempre, caídas elas, vamos a ver quem está por trás e a única coisa que encontramos é…

… uma pessoa pequena.

10 comentários:

ddm disse...

Bem... estou a ver que há história!

Eu hoje não trabalhei! Não sei ainda o que se passou... mas posso te dizer que este foi só primeiro dia dos próximo quatro anos! E infelizmente acho que ainda há muitas máscaras por cair...

Bjs!

ddm disse...

Já agora, vejo que já tens o novo Saramago!

Muito Bem!

blimunda sete luas disse...

Não tenho o novo Saramago, que ele só sai a 03 de Novembro. Por isso é que são os nervos. É mais outra coisa a dar-me nos nervos...

P disse...

Mas tu gostas destes ultimos dele? Eu confesso que parei no Ensaio sobre a cegeuira.
Os meus preferidos são "O Ano da Morte de Ricardo reis", "O memorial do Convento" e o "Evangelho segundo Jesus Cristo"...
Quanto a essa desilusão...força. É duro, mas antes assim. Nada como a verdade!

blimunda sete luas disse...

Caro P., realmente os últimos romances têm raiado perigosamente a fronteira da desilusão. Mas a cada novo livro que sai, renasce a esperança, que isto não se pode estar a produzir obras de génio todo o tempo.

Também eu prefiro o "Memorial do Convento", ainda mais o "Evangelho". Acrescentaria o "Levantado do Chão", que embora panfletário, é um livro muitíssimo bom.

Anónimo disse...

Máscaras? Mas que é isto, pá? Já chegámos a Veneza ou quê? Serão estas máscaras apenas "más caras" que os desencantos da vida transformam em carrancas, ou que, pelo contrário, as coisas genuinamente simples e boas da vida convertem em coroas simplesmente genuínas e cheias de boa vida? Confuso(a)? Recomendo uma lavagem do facies, não uma simples, mas cara.

Anónimo disse...

Pessoas pequenas...
Hum...
Eu diria muito pequenas... tipo com uma argola na cabeça passam a porta-chaves.
Aguenta e não chora.
Embora custe a crer a hora desta gente também há-de chegar.

Anónimo disse...

Parece que a coisa está preta para esses lados...

Anónimo disse...

Esclarecendo:

Preta não, ficou foi muito alaranjado a fingir ser cor de rosa.....

Anónimo disse...

Pois é!!
Isto ainda não é nada...
cheira-me a salve-se quem puder, facada nas costas e coisas assim
....
Não sei se jogue o jogo ou se peça asilo diplomático a um país civilizado com a Libéria ou o Uganda. Pelo menos um gajo sabe ao que vai!!

PP