Tolerância de ponto. Foi vista pela última vez no passado dia 26 de Dezembro. Mostrava sinais de cansaço e náusea, derivados provavelmente dos excessos alimentares das noites anteriores.
Correm rumores de ter sido novamente avistada hoje, para os lados da Câmara Municipal de Lisboa. Pede-se a quem a encontrar que não seja garganeiro e extenda o seu âmbito ao maior número de funcionários públicos possível.
Caso seja atribuída, oferece-se jantar de fim-de-ano preparado com toda a calma, com mais garantias de sucesso, permitindo inclusive fazer as compras todas sem andar no meio da carneirada.
Aguardaremos notícias até às 12h30 de hoje. Muito obrigado. É tudo.
sexta-feira, dezembro 30, 2005
Primeira injustiça de 2006
Alguns funcionários públicos deste País tiveram tolerância de ponto, hoje.
Outros não.
Outros não.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
quarta-feira, dezembro 28, 2005
terça-feira, dezembro 27, 2005
Day after
Então, o Natal? Ah e tal, passou-se. O importante é estar junto da família, não é? Sim, sim, isso é o mais importante. Jantar com a família, trocar prendas com a família, almoçar no dia seguinte com a família, tentar equilibrar os diferentes jogos de forças que existem entre os vários membros da família, ouvir as lamentações e os mesmos comentários de sempre da família, manter a calma e a serenidade perante crises de infantilidade dos elementos mais velhos da família...
Se calhar é por isso que nos enchemos de comida até ao esófago, no Natal. É para tentar afogar as frustrações que sempre acompanham esta noite, tão plena de amor e de paz.
Comi demais, como sempre. Estou com uma overdose familiar.
Se calhar é por isso que nos enchemos de comida até ao esófago, no Natal. É para tentar afogar as frustrações que sempre acompanham esta noite, tão plena de amor e de paz.
Comi demais, como sempre. Estou com uma overdose familiar.
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Feliz Natal
Presépio de Lata
Carlos Tê / Rui Veloso
"Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene
Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias
Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data
A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells"
Carlos Tê / Rui Veloso
"Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene
Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias
Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data
A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells"
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Exm.º Sr. Querido Pai Natal
Venho por este meio, já que pelos vistos toda a gente faz isto, e não é que eu ache que um indivíduo vestido de vermelho, com umas barbas brancas, aparentando uma idade já avançada, mais apropriada para estar em casa sossegadinho com uma manta pelos joelhos, ou quando muito para concorrer a Presidente da República, do que para andar por aí a aparecer na casa das pessoas todas numa única noite, ele sempre há gente muita bisbilhoteira, credo, e que não contente com isto, ultimamente até se pendura nas varandas a torto e a direito montes de tempo antes do Natal, dizia eu, não é que eu ache possível que V.ª Ex.ª tenha condições de me presentear com o que passo a expor, mas não vá o diabo tecê-las, também afinal pedir não custa, e vai na volta ainda resulta, solicitar estas duas singelas prendas de Natal:
Prenda n.º 1: Um comprador para a minha humilde casinha, que eu estou bem farta dela e do sítio onde ela está, e eu queria duma vez por todas vendê-la, para poder comprar outra maior e mais bonita e num sítio mais catita.
Prenda n.º 2: Um novo posto de trabalho, de preferência noutro local e numa área um bocadinho diferente do que este em que me encontro actualmente, que estou a precisar à brava de mudar de ares, e já agora, se não for pedir muito, inclusive tendo em consideração o solicitado na prenda n.º 1, a receber um ordenado mais elevado que o actual.
Era isto. Obrigadinha pela atenção. Pede deferimento,
blimunda sete luas
P.S.: Eu quero mesmo muito estas coisas. Por isso, Sr. Querido Pai Natal, estou disponível para negociar as contrapartidas que considerar necessárias, inclusive eventuais favores sexuais, isto claro no limite do razoável, ou seja, só o senhor, sem renas nem duendes à mistura, que eu sou uma rapariga séria e não quero cá badalhoquices com animais ou outras criaturas. Que eu não condeno nada dessas coisas, atenção, desde que todos queiram, o que é preciso é que as pessoas sejam felizes. Um Santo Natal para si e para os seus.
Prenda n.º 1: Um comprador para a minha humilde casinha, que eu estou bem farta dela e do sítio onde ela está, e eu queria duma vez por todas vendê-la, para poder comprar outra maior e mais bonita e num sítio mais catita.
Prenda n.º 2: Um novo posto de trabalho, de preferência noutro local e numa área um bocadinho diferente do que este em que me encontro actualmente, que estou a precisar à brava de mudar de ares, e já agora, se não for pedir muito, inclusive tendo em consideração o solicitado na prenda n.º 1, a receber um ordenado mais elevado que o actual.
Era isto. Obrigadinha pela atenção. Pede deferimento,
blimunda sete luas
P.S.: Eu quero mesmo muito estas coisas. Por isso, Sr. Querido Pai Natal, estou disponível para negociar as contrapartidas que considerar necessárias, inclusive eventuais favores sexuais, isto claro no limite do razoável, ou seja, só o senhor, sem renas nem duendes à mistura, que eu sou uma rapariga séria e não quero cá badalhoquices com animais ou outras criaturas. Que eu não condeno nada dessas coisas, atenção, desde que todos queiram, o que é preciso é que as pessoas sejam felizes. Um Santo Natal para si e para os seus.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Canção de alterne
"Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora"
Rui Veloso/Carlos Tê
A Espuma das Canções
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora"
Rui Veloso/Carlos Tê
A Espuma das Canções
domingo, dezembro 18, 2005
Mais duas, mais uma... Agora a outra perna!...
Tenho uma monitora de hidroginástica nova, que me dá aulas todos os Domingos, às nove da manhã.
Cheguei hoje à conclusão que a rapariga, para além do curso de monitora de hidroginástica que deve ser normal tirar-se, tirou uma especialização qualquer em "movimentos musculares subaquáticos equivalentes a processos de tortura"...
Livra!...
PS: Está mesmo tudo doido com o Natal. Vinha eu desta minha actividade física, passando de carro, e eu nem queria acreditar, mas juro que não é mentira, juro que vi isto, um tipo a fazer jogging, com um barrete de Pai Natal enfiado pela cabeça abaixo!!
Cheguei hoje à conclusão que a rapariga, para além do curso de monitora de hidroginástica que deve ser normal tirar-se, tirou uma especialização qualquer em "movimentos musculares subaquáticos equivalentes a processos de tortura"...
Livra!...
PS: Está mesmo tudo doido com o Natal. Vinha eu desta minha actividade física, passando de carro, e eu nem queria acreditar, mas juro que não é mentira, juro que vi isto, um tipo a fazer jogging, com um barrete de Pai Natal enfiado pela cabeça abaixo!!
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Vencedor absoluto do prémio "Já vais tarde e a más horas"
Para este senhor.
Adeus, e se quiser um queijo da serra vá comprá-lo, que o dinheiro da indemnização deve chegar e sobrar.
Adeus, e se quiser um queijo da serra vá comprá-lo, que o dinheiro da indemnização deve chegar e sobrar.
A minha primeira festa do croquete com gente que sai nas revistas
Fui parar ontem à tarde a uma singela cerimónia de apresentação de uma artista, e pude estar ali, a minha própria pessoa, em convivência com algumas das figuras que costumam sair nas revistas, a dizerem coisas para eu me entreter enquanto bebo o meu cafezinho e preciso de qualquer coisa para ler que me descanse o cérebro.
Enfim, agora não fiquem a pensar que era assim uma coisa com muita VIPalhada. O Castelo Branco não estava lá, a Lili Caneças também não, ou seja, era uma festa do croquete sem dúvida, mas não era uma festa do croquete a que se possa chamar de profissional. Cada macaco no seu galho, que o respeitinho é muito bonito. Quando eu digo VIP's, quero dizer que estavam para lá uns comediantes e uns apresentadores de televisão, uns radialistas muito intermitentes, umas actrizes de telenovela, enfim, malta que no ranking dos VIP's deve estar uns lugarezitos cá mais para baixo. Assim tipo, uns VIP's de baixa cotação, os melhorzinhos que se puderam arranjar para a ocasião, enfim...
Pois meus amigos, aprendi muitas coisas naquele tempo que lá passei. Altamente pedagógico. Fiquei a saber que tudo o que os tipos dizem enquanto estão a ser fotografados para as revistas é "ok, vamos lá então a rir com um ar muito natural, e fazer de conta que estamos práqui a conviver uns com os outros e a tagarelar, e que nem estamos a reparar que estamos a ser fotografados, eh eh eh". Ah! E tenho agora a prova provada que não vale a pena ler os textos das revistas. Só lá vão os fotógrafos tirar o boneco, o texto deve ser todo inventado com o cu bem assente à secretária. Jornalista, não vi nenhum. Só se estivesse camuflado de pessoa normal, tal como eu.
Mas vi outras coisas. Vi que famoso que é famoso, às vezes também fica sozinho. E também se encosta à parede com ar circunspecto a pensar "Bolas, ninguém fala comigo, ninguém me liga nenhuma... Ninguém me pergunta o que é que eu tenho! E agora?...".
Em festa de gente importante come-se de pé. A sopa vem em copos de whiskey. Não há guardanapos, porque o glamour é tanto que a malta come sem sujar as mãos. São pessoas muito talentosas que conseguem, em simultâneo, segurar o prato da comida, um copo de vinho ou outra bebida a gosto, o casaco, a mala (no caso das senhoras), e mesmo assim sorrir e ter conversas muito interessantes e divertidas. Já vos disse que esteve tudo de pé, horas a fio? E aquela gente sempre impecável, são mesmo admiráveis! Já eu, que sou uma reles criatura, a esta hora ainda me doem os pés e as costas... Por causa disto tudo é que o mundo do espectáculo não é para mim... Eu muitas horas em pé não maguento... E quando cheguei a casa tinha um buraco na meia, no dedo grande do pé, que me estava a deixar doida...
Mas não me interpretem mal. A artista é uma boa artista. E acima de tudo é uma pessoa cumadeveser. Com um modo de sorrir que não é artificial, não se põe com parvoíces, trata a malta toda da mesma forma, e por isso é que a gente depois gosta dela e coiso. Dela e dos outros VIP's que a rodeavam ontem, que pelos vistos grande parte deles também sofrem desta coisa esquisita que não é costume dar aos famosos. Essa coisa, de se acharem pessoas normais, de se apresentarem com uma humildade genuína (e não postiça), e não incharem perante o enorme talento, que por acaso efectivamente têm.
VIP's de segunda, portanto... Alguns deles até se dão ao trabalho de virem aqui a esta espelunca meter o nariz!! Corja!...
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Dezembro
Olhou o calendário e sorriu ao mês de Dezembro.
Com relativa surpresa, apercebeu-se que pela primeira vez, em muitos anos, a chegada deste mês não trazia consigo a sombra do que devia ser e não era.
Era simplesmente Dezembro, sem o peso de mais um ano caído em cima dos anteriores. Sem as lágrimas de ter pena de si mesma. Sem o virar da cara à alegria dos outros, visão insuportável perante o próprio vazio que se instalara dentro de si.
Lenta e dolorosa foi a jornada que providenciou o regresso à superfície, que até à infelicidade somos capazes de nos habituar e conformar. Enfim, emergiu. Inspirou. Inspirou-se.
Recebeu o mês de Dezembro com a leveza de quem não teme nem deve. Fortalecida pelas amizades sinceras. Aquecida pela troca dos afectos.
De bem com o mundo, reparou que têm estado uns dias de sol maravilhosos. Vem aí um ano novo. Finalmente. É Natal.
Com relativa surpresa, apercebeu-se que pela primeira vez, em muitos anos, a chegada deste mês não trazia consigo a sombra do que devia ser e não era.
Era simplesmente Dezembro, sem o peso de mais um ano caído em cima dos anteriores. Sem as lágrimas de ter pena de si mesma. Sem o virar da cara à alegria dos outros, visão insuportável perante o próprio vazio que se instalara dentro de si.
Lenta e dolorosa foi a jornada que providenciou o regresso à superfície, que até à infelicidade somos capazes de nos habituar e conformar. Enfim, emergiu. Inspirou. Inspirou-se.
Recebeu o mês de Dezembro com a leveza de quem não teme nem deve. Fortalecida pelas amizades sinceras. Aquecida pela troca dos afectos.
De bem com o mundo, reparou que têm estado uns dias de sol maravilhosos. Vem aí um ano novo. Finalmente. É Natal.
terça-feira, dezembro 06, 2005
Últimos dias...
... de férias antes do final do ano.
Para descansar mais um bocadinho. Para as compras de Natal que ainda não estão resolvidas. Para dormir até tarde e limpar a casa cumadeveser.
Para ver se duma vez por todas acabo um texto que já ando a enrolar há tempo a mais, que eu sou a coisa mais preguiçosa para escrever que existe à face da terra (e enquanto escrevo isto sei que isto não vou ver, mas enfim...).
Isto daqui até ao final do ano é um pulo...
Para descansar mais um bocadinho. Para as compras de Natal que ainda não estão resolvidas. Para dormir até tarde e limpar a casa cumadeveser.
Para ver se duma vez por todas acabo um texto que já ando a enrolar há tempo a mais, que eu sou a coisa mais preguiçosa para escrever que existe à face da terra (e enquanto escrevo isto sei que isto não vou ver, mas enfim...).
Isto daqui até ao final do ano é um pulo...
domingo, dezembro 04, 2005
O amor acontece
“O Amor Acontece” é um filme que já estava cá em casa há um tempo, à espera de ser visto. Foi hoje e serviu de bálsamo espiritual, num dia em que nem tudo foram rosas. Uma comédia romântica e bolo de chocolate foi a terapêutica certa que me deixou “sintonizada” para o bem, em vez do mal.
Constato que sempre existirá pobreza de espírito e mesquinhez por todo o lado. Coisas que são o que são, e valem o que valem. Encolho os ombros. Concentro-me no amor que acontece.
A quem cedeu o filme, a quem cozinhou o bolo, os meus agradecimentos. Não há acasos.
Constato que sempre existirá pobreza de espírito e mesquinhez por todo o lado. Coisas que são o que são, e valem o que valem. Encolho os ombros. Concentro-me no amor que acontece.
A quem cedeu o filme, a quem cozinhou o bolo, os meus agradecimentos. Não há acasos.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Um feriado é uma coisa maravilhosa
Fim de tarde. Chuva. Frio.
Sofá. Manta. Aquecedor.
Sofá. Manta. Aquecedor.
Harry Potter.
Há dias em que o melhor que nos pode acontecer é usufruir de grandes prazeres proporcionados por coisas pequenas...
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