A cidade onde sempre vivi tem 30.000 habitantes*. Ora, num sítio onde vive tanta gente a coisa mais natural deste mundo é que, com regularidade, morra mais do que uma pessoa no mesmo dia, e portanto, dois ou mais núcleos familiares se juntem na casa mortuária numa mesma noite, para passar aquelas horas que são muito dolorosas e que ninguém deseja, mas que todos nós já tivemos que enfrentar, seja por conta da morte de um parente próximo, ou simplesmente para mostrar solidariedade junto dos nossos amigos.
Ora, aqui nesta cidade a casa mortuária há anos que não corresponde às necessidades. Um espaço exíguo, a cair de velho, de difícil acesso, que não oferece as mínimas condições, nem sequer de dignidade para com o morto, quanto mais para com os vivos, que naquela hora já têm bem a sua conta.
Recentemente, foi inaugurada nesta mesma cidade uma mega igreja que do meu ponto de vista é a coisa mais inútil que pode haver. Um elefante branco que é o catolicismo no exercício pleno da sua megalomania, instalado num terreno enorme que estava mesmo bem situado para a construção de um centro cultural, por exemplo, coisa que esta cidade também não tem, e que nos fazia muito mais falta.
Adiante. Inútil para mim, a não ser justamente no que respeita à casa mortuária, que pelos vistos existe nesta nova igreja, finalmente com o número de salas e espaços adequados à dimensão da cidade onde está instalada.
Tudo muito bonito, não fosse a dita igreja estar mesmo ao lado de uma escola do primeiro ciclo. Então não é que os pais desta escola desde o início se insurgiram contra a presença da casa mortuária ao lado da escola, e não querem que os filhos estejam “paredes meias” com o ir e vir de carros funerários, pessoas a chorar e vestidas de negro, enfim, receiam que as crianças fiquem traumatizadas!...
A casa mortuária está fechada por conta deste grupo de pessoas, e a cidade continua a recorrer ao tal espaço que há mais de 10 anos não tem condições para servir a população.
Eu peço imensa desculpa. Não sou mãe e já sei que quem tem filhos sente as coisas doutra maneira e tal, e que se eu tivesse um filho também não gostava e coiso. Mas digam-me lá uma coisa: a morte não faz parte da vida? Traumatizados porquê? Então não compete aos pais, educadores e professores, explicar aos meninos o que é a morte e que o que é que ela implica? Não se querem dar a esse trabalho? Quer-me cá parecer que estes miúdos até podiam ter ali alguma vantagem em relação a outros, que com o poder de encaixe que eles têm rapidamente compreenderiam o que se estava ali a passar, e seguiam em frente. Estarei enganada?...
Mas que raio de maneira de educar é esta que parte do princípio que as crianças têm que crescer cristalizadas numa bolha cor-de-rosa com cheiro a morango, onde tudo são sorrisos, facilidades, roupinhas Bennetton e chocolates Kinder? A vida não é assim. A vida cheira mal, é perigosa, está cheia de gente má, traz consigo muitos problemas e desgostos, e por causa disso, muitas vezes a vida faz-nos chorar e sentirmo-nos infelizes. E todos os dias há gente que morre. Se as crianças não são preparadas para isto tudo, em que espécie de pessoas é que se irão tornar?
Já para não falar que estão 30.000 habitantes a serem prejudicados por conta do egoísmo dos pais de 300 alunos.
Não se fique com a ideia que, para mim, os miúdos serem criados ao pontapé é que é bom. Não é nada disso. É claro para mim que a protecção está na essência de se criar um filho. Mas parece-me que hoje em dia, em resultado de (felizmente) muitas famílias poderem dispor de melhores condições de vida, há a tentação de super-hiper-proteger, dar tudo já que se pode dar tudo, e como sempre acontece, o excesso nunca é benéfico.
Resta saber se muitas vezes a hiper-protecção não serve também para descarregar as consciências, uma qualquer forma de compensação sobre outras coisas que não se dão, seja porque não se tem para dar, seja porque não há tempo para dar. Os tais afectos, a tal educação, a tal formação… Mas isto dava pano para muito mais e eu hoje até já me alonguei...
Eu estou mesmo só revoltada porque a casa mortuária devia funcionar, raios!!
* Nota da energúmena que escreve estas balelas: a minha triste cabeça loira não escorreu o suficiente para reparar que 123.000 habitantes era capaz de ser um grandessíssimo exagero, justificado apenas pelo facto de eu estar a olhar para o número de habitantes do Concelho, e não da freguesia em questão. De moldes que o número correcto é aquele que agora está ali em cima, com as minhas sinceras desculpas à meia-dúzia de pessoas estranhas que se dá ao trabalho de vir aqui ler estas coisas.
18 comentários:
Excelente prosa, excelentes argumentos. Penso da mesma forma e educo os meus filhos a ensinar-lhe o bonito e o feio, que estas modernices de pezinhos de lã e paninhos quentes não são para mim. Já foram a um funeral, já viram a bisavó no caixão (por curiosidade, não que eu os tenha obrigado a nada) e têm a noção mínima da morte (o cemitério, diz o pequenito de 5 anos, é onde estão as pessoas morridas). Quem os conhece sabe que são crianças felizes e sem traumas. Perguntam se também eles vão ficar velhinhos e se vão morrer e se nós vamos morrer... claro, tudo o que vive acaba por morrer... eles sabem, eles têm essa noção. Pais, por favor, não façam dos vossos filhos pirralhos mimados e ignorantes, acabem com os pruridos e deixem lá abrir a casa mortuária! (Já agora, alguém se lembrou de fazer um abaixo-assinado pela abertura? Se calhar o número de assinaturas seria mais do que o de paizinhos, não?)
mas porquê limitarmo-nos a confrontar as crianças apenas com a sua e a nossa mortalidade? Se a ideia é que saibam do bonito e do feio, porque não irmos mais longe e confrontá-las com a tortura, a mutilação, a pornografia, especialmente a pornografia infantil, a escravatura, os sequestros de crianças para tráfico de órgãos? porque não levá-los até ao matadouro municipal para que percebam exactamente como os bifes vão parar aos pratos? porque não mostrar-lhes algumas fotos que ilustrem a forma como são feitos os casacos de pele? Querem mesmo saber porque se devem proteger as crianças do feio? Porque são crianças e porque têm tempo para saber que nem tudo são rosas.
Caro(a) Anonymous,
Se a ideia fosse confrontá-los deliberadamente com os lados negros da vida, aproveitar-se-iam todas as casas mortuárias das localidades e organizar-se-iam visitas de estudo a velórios e funerais, dirigindo esta actividade a todas as crianças e não apenas às de uma escola em particular, que está consagrado na lei que todos devem ter igualdade de oportunidades no acesso à Educação... É claro que a ideia não é lançar as crianças aos bichos.
Agora, para mim, a pala nos olhos é uma medida castradora e fascista, seja em que idade for, e não ajuda à consolidação da personalidade de ninguém.
Por isso, pelo menos da maneira como eu concebo a educação, prefiro sempre explicar o que se vê e faz parte do nosso dia-a-dia - de forma adequada à idade dos petizes, claro! - a esconder. Isso, sem dúvida!
Se quiseres continuar a juntar no mesmo saco, funerais, actos de tortura, pornografia e touradas, por mim tudo bem.
O bonito e o feio são faces da mesma moeda. Se lhes escondemos uma das faces estamos a criar indivíduos com base numa mentira. E isso não dará bom resultado. Temos é que estar presentes para ajudar a compreender tanto o bonito, como o feio. Para tentar explicar as coisas que às vezes nem mesmo nós conseguimos compreender. E isso é que deve dar um trabalho do caraças. É mais fácil remeter para "mais tarde", se calhar.
Pergunto-me: quem é que precisará de mais tempo, as crianças ou os próprios pais? As crianças ainda são pequeninas, têm tempo, e os pais com essa desculpa, muitas vezes mandam para "mais tarde" a tarefa mais importante de todas, que é a de educar e formar os indivíduos que puseram no mundo.
Muito obrigada pela tua participação, manda sempre! Sei que toquei num ponto sensível e estou muito longe de achar que sou a dona da verdade.
Interessante e complexo.
Ao ler o post e os dois comentários existentes, levou-me a reflectir de que realmente criámos uma sociedade muito complicada para adultos e crianças.
Os problemas são sempre mais difíceis de resolver quando todos têm um pouco de razão.
Concordo que há um tempo em que tudo é "rosa", mas se recuarmos até à nossa infância, sabemos que as crianças têm essa capacidade inata, não é preciso sermos nós a pintar o seu mundo.
E não o devemos pintar nem todo "rosa", nem com o negro brutal das realidades mais duras.
A descoberta tem que ser natural, e se existe uma casa mortuária, não é preciso escondê-la, mas também não é necessário pô-los a ver vestir o morto.
As nossas crianças são efectivamente as maiores vítimas da sociedade que construímos, mas cuidado, talvez seja mais útil mudarmos alguma coisa na sociedade, o que compensá-las erradamente, tornando-as crianças e futuramente adultos sem qualquer noção da realidade e alienados na vida.
Acresce dizer também sou mãe, já agora também sou pai, e não é fácil não senhor.
Concordo! Com a Blimunda e com a Carla! A vida não é cor de rosa e fazer com que os nossos filhos achem que sim é pior. A vida encarrega-se de, numa altura ou outra, acontecerem coisas nas nossas vidas que nos dão a oportunidade de explicar às crianças que a vida é feita de coisas boas e coisas más.
Já agora aproveito para dizer que quando estava no 1º ano do ciclo construíram uma Igreja mesmo à porta da escola. Posso dizer que não me fez a mais pequena mossa! Até sou católica e a igreja, ali à mão de semear, dava-me um jeitão!
Se calhar também dá menos trabalho pintar o mundo de cor de rosa do que explicar às crianças que a vida é feita de contradições e de tristezas mas também de coisas boas. Tudo faz parte da vida. Acho também acho que hoje em dia muitos pais não se querem dar ao trabalho de explicar certos assuntos e por vezes contrarir as crianças (por exemplo quando compram tudo o que as crianças exigem com o argumento de que elas depois fazem uma birra dos diabos). Com atitudes deste tipo seja em relação à morte, à doença, ao facto de nao podermos ter tudo aquilo que gostaríamos, as crianças acabam por crescer numa redoma... mas e depois quando sairem cá para fora e tiverem de enfrentar o mundo real?
Olá, Anonymous:
Compreendo o teu ponto de vista, até certo ponto, mas nem tudo o que nos parece ser o melhor, é. O pior medo que se pode ter é o do desconhecido, o que não se conhece, teme-se. Não é possível resolver um problema cuja causa não se saiba qual é e não se pode criticar nada desconhecendo o que se critica. Vem isto a propósito de protegermos a inocência das crianças. Para começar, as crianças apercebem-se de muito mais coisas que acontecem à sua volta do que muitos de nós imagina. Segundo, elas têm de perceber porque é que não podem atravessar a estrada sem olhar, porque é que não nos podem largar a mão quando estamos no meio de muita gente, porque é que não podem ir com desconhecidos só porque são simpáticos, porque é que não podem desaparecer subitamente da nossa vista sem nos avisarem onde estão. Porque a inocência não protege.
Porque os carros podem matar e depois nunca mais podem ver o papá, nem a mamã, nem comer doces, nem brincar. Porque se podem perder de nós e depois como é? Porque as pessoas às vezes parecem boas e, felizmente, normalmente são, mas também as há das más que só querem fazer mal aos meninos. Porque há pessoas que levam os meninos para longe dos pais e os obrigam a trabalhar e a fazer coisas de que eles não gostam e depois não podem brincar mais, nem ter amigos.
É que tudo isto, bem explicado, sem grandes pormenores e sem exageros não traumatiza ninguém e pode fazer a diferença. O mesmo se aplica a dedos nas tomadas, a brincadeiras com pedras ou canas, a banhos nas piscinas ou no mar...
Não se trata de expor as crianças ou provocar situações, trata-se de falar com verdade e simplicidade às perguntas que fazem. Não consigo conceber como é que um funeral de uma senhora de 92 anos que morreu naturalmente junto da família que amava e cuja morte não apanhou ninguém de surpresa pode ser comparado com tortura ou com pedofilia ou com o que quer que seja. O que responder aos meninos se eles perguntarem porque é que não há niguém com 500 anos? Os meus filhos sabem que para comermos carne é preciso matar os animais, porque me perguntaram de onde vinha a carne. Respondia o quê? Que nasce embalada nos supermercados? E depois é preciso explicar que na natureza os animais também se comem uns aos outros, faz parte da vida. Alguém já se lembrou de pôr os documentários sobre a vida animal para depois da meia-noite?
O sofrimento existe e é bom que as crianças tenham essa noção para não serem elas próprias fontes de sofrimento. Se eu levar outro beliscão depois de receber um, vou perceber que não é bom, portanto é melhor não repetir.
Para educar, como para tudo na vida, é preciso bom senso e equilíbrio e quanto mais cedo se aprender isso, tanto melhor.
Carla, acho que pode dizer-se que é dar a informação sem dramatização.
É o que tento fazer com os meus pirralhos! E concordo, não me parecem nada traumatizados com as coisas menos boas que se passaram na vida deles!
Oh Xô Joaquim! Mude lá de blog, que aqui a D. Blimunda estava a puxar a coisa para o sério... se bem que assunto mais sério do que o Benfica, assim de repente não me ocorra. Será que existe mesmo?
Eu não percebo nada de bola (sei que é redonda) OK!
Será trauma de infância...
e, falando nisso, não será o futebol uma coisa que se tenha que esconder às criancinhas?
Fazem por lá coisas tão feias...
E depois como se lhes explica as vantagens do desporto, hã....
Será que num futuro próximo vamos ter manif's de pais a proibir escolas junto a campos da bola, ou, vamos ter escolas financiadas pelos "campos" de futebol?
Isto é giro, ai é é.
o futebol é como a jessica rabit, mulher do roger: não é mau, foi desenhado assim.
Uma casa mortuária no estádio do dragão, já!! slb slb slb
PS - Pareceu-me um bom resumo da matéria dada, mas eu percebo pouco destas coisas...
Ainda a propósito da temática inaugural, entretanto transviada para outros campos, não os pejados de cruzes e tabuletas, mas os relvados, na verdade, quem advoga a teoria do "Agora não olhem meninos, que é horrível ver aquela pobre ovelha indefesa a ser tosquiada!" está a cometer, não raramente, um erro tremendo. As crianças não têm a mesma sensibilidade de um adulto, ou melhor, elas não reagem da mesma forma que os adultos a "estímulos" de natureza "alegadamente violenta", pelo menos "violenta" dentro daquilo que são os parâmetros de um adulto com as 5 oitavas bem medidas. Chateia-as muito mais ver o seu ursinho de peluche favorito com um olho pendurado do que o verem partir um braço a um cadáver com "rigor mortis" para lhe vestirem, pela última vez, a mesma fatiota que usou no dia em que cometeu a asneira de dizer que sim diante do "sô prior".
Esta história das sensibilidades infantis versus sensibilidades adultas é muito curiosa. Tanto mais curiosa por se tratar de um prurido essencialmente urbano. Sou um gajo que cresceu no meio campestre. Desde tenra idade que conheci os rigores da vida do campo. Posso até dizer que fui vítima de trabalho infantil. Como é óbvio, nessa altura, a da minha infância, essa questão não se colocava, não só porque o termo não existia, como também porque o dito trabalho das crianças era visto como uma forma de as/me ocupar para não estar(em) a fazer asneiras... mas sobretudo porque no campo, o trabalho é uma espécie de pedra de Sísifo: quando parece estar terminado, eis que já há mais para fazer. Bom, mas voltando à questão da exposição a fontes de violência, posso dizer que, na minha infância rural, pescar girinos e vê-los ir batendo a sua cauda com cada vez menos vigor, enquanto ressecavam ao sol... era mato. Levantar muito cedinho naqueles sábados de Inverno, bem carregadinhos de geada matinal e agarrar o porco, segurando nas patas da frente, enquanto o meu avô espetava certeiro no pescoço do animal a faca, que só ele sabia manusear... era o pão-nosso de cada trimestre. Pegar nos gatitos com dois dias de vida e, junto com o meu querido irmão, que o Criador levou para si com a idade de Cristo, enfiá-los num saco de plástico e deitá-los ao ribeiro (não o Pedro...), complementando esse gesto com a aplicação de umas dedicadas pauladas no saco, que lentamente se afastava na fraca corrente... era tão frequente quanto a fecundidade das gatas, que pela quinta deambulavam, o permitisse.
Tudo isto e muito mais eu fiz com maior ou menor dedicação. A tudo isto eu assisti com maior ou menor enfado... E hoje aqui estou, três décadas volvidas e nada disto me deixou marcas traumáticas. Não me tornei num assassino sanguinário, nem, pelo contrário, me tornei co-fundador de 15 associações de defesa dos animais em particular da ratazana lusitana. Nada disso. Creio que até serviu para apurar e equilibrar os meus pontos de vista. Hoje até nem gosto de touradas, mas adoro carne de bovino. Já dificilmente me apanhariam a agarrar um porco no dia da matança, mas gosto de uma boa febra assada. E quanto aos gatos, não sendo, nem de perto nem de longe um "cat lover", até tenho 3 gatos em casa... Mas isso sou eu!
Ó Ti-pré Joaquim, como eu não percebo mesmo nada disso, quem fica com 0? e já agora os 4 são para quem?
e depois isso serve para quê?
para o big-bada-bum, gostei e concordo, tirando alguns pormenores não comuns, também eu tive essa felicidade de viver a vida do campo quando ainda não lá havia água em canos, e electricidade em fios.
Era uma vida porreira, com muito mais porcaria, mas com muito menos alergias.
Gostei
As crianças, cada uma delas, elaboram teorias para explicar as coisas da vida que lhes vão surgindo, quer os pais professores queiram ou não, participem nessa construção ou não. a mente humana tem horror ao vazio, ao não explicado e, apressa-se a construir algo que lhe dê o conforto pretendido. A mente das crianças ainda mais.
Aos 6 anos (idade de entrada numa escola do 1º Ciclo), já todas elaboraram a sua pequena teoria sobre a morte. Isto porque ela anda por aí! Elas já viram, ouviram, sentiram qualquer coisa sobre a morte: Um vizinho, um avô que deixou de aparecer, um pássaro, um insecto morto no jardim, uma imagem na televisão, uma noticia no jornal, o catecismo católico (completamente impregnado na noção de morte)... Quer os pais queiram ou não, as crianças têm a sua ideia de morte. O que é, o que implica em termos de perda, e para onde vão as pessoas, tudo isso elas conseguem explicar, cada uma à sua maneira.
Não percebo que mal faz uma casa mortuária junto de uma escola. No limite o que as crianças recebem como informação é: as pessoas ficam tristes quando algum morre, juntam-se amigos e familiares e é costume homenagear-se as pessoas com flores. Nada de escandaloso ou tenebroso.nada que não possa ser abordado por pais e professores.
já agora aproveito para dar o exemplo que se passa nos paises escandinavos, em que as salas de uso comunitário, tanto podem servir para sala de aula, sala de voto, sala de convívio ou casa mortuária.
Antes de mais, caro PP, sejas muito bem vindo a esta humilde chafarica. Já por cá anda um P., agora aparece um PP, tá giro...
Quanto ao teu comentário... pois, quer-se-dizer, mas os países escandinavos são aqueles subdesenvolvidos, nada comparáveis à cultura e nível de desenvolvimento dos portug... Não?... Estão melhores que nós?... Ah, e tal, mas as crianças devem ser umas traumatizadas, coitaditas!... ;-)
Bem... é a primeira vez que vejo este blogue e admito que me tornei imediatamente fã. Os meus parabéns á criadora. Tendo eu os meus miseros e pouco sapientes 17 anos devo admitir que ver este "desabafo" me pos a olhar em redor com uma maior minúcia.
Realmente... Na minha geração é tudo muito mole. Conformamo-nos com tudo. Tudo nos traumatiza. Se existe um Deus lá em cima já era tempo para ele descer e dar um abanão a esta cambada de bananas que nós somos.
Sendo eu uma adolescente pouco comun admito que me faz um (grande) bocado de confusão ver uma colega minha a chorar como uma Maria Madalena e quase ao ponto de desmaiar só porque um miúdo lhe mostrou uma aranha.
Esperemos que a próxima geração seja melhor...
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