quarta-feira, novembro 09, 2005

O Natal é quando as lojas quiserem

"Ando desesperadamente à procura de uma árvore de Natal toda branca e não encontro em lado nenhum!!"

Isto disse uma senhora, à porta da loja dos trezentos*. Desesperada? Por uma árvore de Natal branca? Mas hoje são 09 de Novembro ou 09 de Dezembro? Faltam quase dois meses para o Natal e a senhora anda desesperada? E não encontra? Claro que não encontra, se esperar mais um bocadinho que as coisas cheguem às lojas talvez encontre... Não?... E quando estiver a uma semana do Natal? O mais certo é andar a tomar calmantes para os nervos, se agora já anda desesperada...

Quando se chega a esta altura fica tudo um bocado parvinho com o Natal, não fica? Se calhar é por causa disso que eu, prái há uns três anos, já nem me dou ao trabalho de fazer árvore de Natal. É muito stress, muita pressão, e eu sou muito fraquinha para estas coisas...

* Já não são trezentos, mas toda a gente ainda as chama assim. É uma loja-maravilha com coisas porreiras, algumas baratas, outras nem tanto, que nos fazem falta para a casa mas que noutras lojas custam umas barbaridades de dinheiro e a gente quer coisas giras mas não somos ricas e aquelas ficam bem à mesma e às vezes até fazem o mesmo efeito, e que também tem coisas boas para oferecer às pessoas que merecem prenda mas que não justifica estar a gastar assim tanto dinheiro com elas, porque são muitas e depois não há orçamento que aguente, que nem é por não gostarmos delas, falo das pessoas, não das coisas, e que também tem coisas boas para comprar, porque são mesmo muito baratinhas, que é para quando a gente nos apetece simplesmente comprar, não importa o quê, podemos levar dali qualquer coisita que nem sequer gastamos muito e ficamos contentes e animadas para o resto do dia, enfim, toda a gente compreende, acho, que tipo de loja é que é. Pelo menos as mulheres devem ter percebido...

4 comentários:

Anónimo disse...

I - Realmente, se há coisa que me chateia é o Natal e tudo à volta! O pior é que a criançada anda a perguntar desde o Verão quando é que chega o Natal e não adianta dizer: "Olhem, piqueninos fofos, este ano não há Natal, esqueceram-se de o fazer!". É a escola que não perdoa, são as piroseiras que decoram as ruas, são as lojas. E que dizer à catrefada de sobrinhos verdadeiros e emprestados que constituem os mínimos olímpicos das prendas obrigatórias?
II - A Blimunda anda a ler Saramago que se farta, a avaliar pelas lojas dos 300... eu, somítica como sou, fico sempre à espera da feira do livro para atacar. Até sabe melhor depois!

blimunda sete luas disse...

Faltou-me dizer uma coisita, coisa de pouca ou nenhuma importância, em relação à minha ida a esta loja hoje...

Comprei um belo tabuleiro que me fazia falta realmente, e uma velinha muita gira de N... haham... her... pois, de, hum... Isto enfim, tanto pode ser de Natal como não ser...

Anónimo disse...

Por falar nisso, e só para baralhar isto um bocadinho, onde vais passar o Natal?
Atenção: eu sou uma pessoa incapaz de provocar seja quem for!

Anónimo disse...

Então e que tal o "bombardeamento" de publicidade com ideias para as prendinhas, hã? É de tal maneira que até as crianças ficam baralhadas... eu até já ouvi a seguinte frase "mãe eu nem sei o que hei-de pedir para prenda de Natal!".
E a confusão nas lojas com adultos quase à batatada por causa de comprar determida coisa? É o espirito natalício da época... o que interessa é o consumo, não interessa nada a reunião das famílias. Ah e já me esquecia do aspecto dos caixotes do lixo (e arredores) nos dias 25 e 26. Do tipo "deixa-me levar estas 500.000 caixas, 200.000 caixotes, toneladas de papel de embrulho e deixar tudo da parte de fora do contentor para os vizinhos verem que lá em casa há Natal". Realmente somos um povo giro à brava...