sexta-feira, novembro 25, 2005

Os Homens do Leme

Fui a desejo, ao primeiro de todos. Um bom concerto, aliás, outra coisa não se esperava.

Enquanto lá estive, coisas muito diferentes me foram passando pela cabeça. As músicas iam-se sucedendo, e fosse da música, fosse dos cheiros esquisitos que de vez em quando se faziam sentir, dei comigo a reflectir uma vez mais no rumo que a minha vida tomou este ano, e que graças a circunstâncias muito pessoais, têm vindo afastar-me de uma fase árida, que já se arrastava há muito. Este rumo que hoje tomo vai fazendo de mim uma pessoa melhor.

Talvez por isso, mas também porque foi um momento muito bonito de ontem à noite, registam-se aqui estas sábias palavras.

"Sozinho na noite
Um barco ruma, para onde vai?
Uma luz no escuro
Brilha a direito, ofusca as demais

E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme

E uma vontade de rir
Nasce no fundo do ser
E uma vontade de ir
Correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder

No fundo do mar
Jazem os outros, os que lá ficaram
Em dias cinzentos
Descanso eterno lá encontraram

E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme

E uma vontade de rir
Nasce no fundo do ser
E uma vontade de ir
Correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder"

2 comentários:

ddm disse...

Não sabes amiga, como fico contente por te ver assim feliz e leve!

Beijos para ti e para o homem que vai no leme.

blimunda sete luas disse...

Mantendo a analogia, que também nunca nos faltem os amigos a soprar ventos de feição, e a servir de bússola para nos lembrar que o norte é por ali.

Beijos e obrigada.